Propaganda de carro: 10 comerciais de mau gosto em vídeo!
Tentando vender seus carros, as montadoras – e as agências de publicidade – exageraram na criatividade e esqueceram o bom senso
Tentando vender seus carros, as montadoras – e as agências de publicidade – exageraram na criatividade e esqueceram o bom senso
No mais de um século desde que foi inventado, o carro sempre andou junto à propaganda. Desde os tempos longínquos dos anúncios em preto e branco até os milionários comerciais do Super Bowl, a história da publicidade automotiva é quase tão importante quanto a do próprio automóvel. Ela, no entanto, nem sempre ajudou nas vendas. Confira, abaixo, 10 propagandas de carro que ameaçaram a reputação dos carangos que anunciavam.
Veja outras:
A Nissan segue uma estratégia agressiva para vender seus carros, mesmo recebendo várias reclamações e até proibições pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).
A marca provoca seus concorrentes com pôneis, engenheiros ameaçados de morte e até canções sertanejas, como no caso desta propaganda de carro 2010 que chama motoristas de Hilux de “agroboys”.
No ano passado, a propaganda da Fiat para a Strada retratou um rato sendo devorado por uma cobra ao som de uma música infantil e cativante.
Essa mistura incomodou muita gente, mas o anúncio continuou no ar.
A Volkswagen também errou a mira em 2013. A propaganda “Superstição” gerou rebuliço por alimentar a crença de que gatos pretos trazem azar.
No vídeo da propaganda de carro, um motorista supersticioso usa os limpadores de para-brisa para espantar o bichano do capô de um Gol.
A montadora se desculpou e preferiu retirar o comercial do ar, deixando na internet apenas uma versão editada.
A criatividade da FIAT junto à agência Leo Burnett acabou saindo muito caro para a montadora, que em 2008 foi condenada pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) a pagar uma multa de R$ 1 milhão.
A razão foi a famigerada propaganda de carro de 2003 para o Palio retratando um ex-presidiário que, acabando de sair da prisão, não resistiu à visão do veículo e o roubou.
Em 2013, a Mercedes-Benz do Brasil cometeu uma das maiores gafes da publicidade automotiva.
Ao relacionar o modelo Classe A com o Passinho do Volante, música do grupo de funk carioca MC Federado e os Leleks, a marca alemã errou o alvo e acabou ofendendo todos os envolvidos.
Faltou eles entenderem que, aqui no Brasil, o Classe A está longe de ser um carro popular.
A Volkswagen não foi a primeira a maltratar felinos em uma propaganda de carro.
Em 2003, a agência Ogilvy & Mather desenvolveu um clipe viral para a Ford que, apesar de oficialmente rejeitado, não foi contido e terminou circulando a internet, chocando os espectadores com a decapitação de um gato pelo teto solar de um Ka Sport “do mal”.
Para anunciar o ix35 na Europa, primeiro veículo comercial a emitir apenas água, a Hyundai resolveu filmar uma tentativa de suicídio dentro do carro.
Ao final da propaganda do carro, o quase-suicida acende as luzes e volta para casa, já que água não mata ninguém – mas deve ter custado o emprego do roteirista.
Nesta propaganda de carro para o Duster, da marca Dacia, o caminho escolhido para o bolso dos consumidores foi uma corrente de profanidades trocada entre os dois lados da mesa: o vendedor e o comprador.
As montadoras não são as únicas a produzir propagandas de carros escandalosas. Em 2014, a Divisão de Segurança na Estrada e Regulamentação de Veículos (RSVRD) do governo da Irlanda produziu uma campanha sobre segurança na estrada tão chocante que sua exibição na TV foi proibida antes das 21 horas.
A razão é que, no vídeo, um grupo de criancinhas é esmagado pelo veículo de um motorista que perdeu o controle da direção.
O machismo está presente em propagandas de carros desde que elas surgiram. Uma das últimas marcas a apelar para o recurso tentando vender carros foi a Hyundai. A propaganda do HB20 Spicy, de setembro do ano passado, gerou queixas no Conar, mas não foi suspensa.
Se os apelos ao bom senso não funcionaram até hoje, o apelo dos cifrões já deveria ter dado fruto: será que as montadoras ainda não entenderam que as mulheres são grande parte do mercado automotivo?
Segundo a última pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Serviços do Estado de São Paulo (Fecomércio SP) as mulheres representavam 45% dos compradores de automóveis e 58% das decisões sobre qual veículo adquirir.
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