Quando o motorista deve desligar o airbag do passageiro?
Sim! Em alguns casos, o airbag do passageiro deve ser desligado; listamos as situações nas quais isso deve ser feito e onde fazer isso
Sim! Em alguns casos, o airbag do passageiro deve ser desligado; listamos as situações nas quais isso deve ser feito e onde fazer isso
Desde 2014, os automóveis brasileiros precisam ser equipados com airbags. Os dispositivos de segurança amortecem o impacto dos acidentes de trânsito e aumentam as chances dos ocupantes saírem ilesos de um choque. O que muitos condutores ainda não sabem é que, em algumas situações específicas, é preciso desligar o airbag do passageiro.
Na maioria dos carros, a chavinha para desligar o airbag fica do lado direito do painel, no exterior do porta-luvas, ou no menu do computador de bordo. E essa trava não é disponibilizada à toa. Apesar de salvar vidas, a bolsa de ar pode machucar uma criança que está sentada no banco da frente, por exemplo.
Isso acontece porque a bolsa de ar inflada projeta a cadeirinha ou o bebê conforto para cima do banco com bastante intensidade, podendo esmagar ou ferir a criança.
Se estranhou a situação, saiba que a Resolução número 391 do Conselho Nacional de Trânsito prevê três exceções em que são aceitáveis instalar uma criança no banco da frente. São elas:
Alessandro Rúbio, coordenador técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) explica que a questão deve ser encarada com seriedade:
Não desligar o airbag, nesses casos, expõe a criança a ferimentos graves e até mesmo ao risco de morte. O airbag deflagra numa velocidade muito rápida, de aproximadamente 300 km/h, e os bebês não têm estrutura física para aguentar o impacto da bolsa. A questão é tão importante, que existem determinações para que a a luz do airbag do passageiro seja visível a todos os passageiros. Assim, os responsáveis conseguem, com facilidade, certificar se o dispositivo não está ativo ou não.
No teste de impacto do Volkswagen Fox, o Latin Ncap afirmou ter abaixado a nota de segurança do modelo por ele não oferecer a possibilidade de desligamento do airbag do passageiro.
Uma segunda condição atípica faz com que os motoristas precisem desligar o airbag: o recall dos dispositivos Takata. O maior chamamento da história automobilística, responsável por algumas mortes e muitos feridos, fez com que fabricantes chamassem seus clientes para desativar o equipamento enquanto outro, de marca diferente, fosse disponibilizado para instalação.
Um exemplo é a Ford, que recomendou, em comunicado oficial, que os motoristas não dirigissem as picapes Ranger até que os airbags frontais fossem DESATIVADOS e ou substituídos.
O assessor técnico da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Ricardo Dilser, explica que os carros off-road, como o Jeep Wrangler, têm tecnologias capazes de fazer leituras de velocidade das rodas, do escorregamento e da inclinação da carroceria. Esse dados são interpretados pelo carro, que entende que o modelo está em um terreno acidentado.
De acordo com o especialista, os airbags são premissas de segurança. “Os Jeeps não terão os dispositivos acionados desnecessariamente nem mesmo durante uma trilha. Agora, se for preciso, mesmo no percurso off-road, o equipamento vai deflagrar, como tem que ser. A FCA não indica que os motoristas desliguem o dispositivo fora de estrada” argumenta Ricardo Dilser.
O coordenador técnico do Cesvi complementa: “as fabricantes avaliam os carros em situações extremas, como uma trilha, e os programam devidamente para que os airbags se deflagrem apenas em situações necessárias”.
O Instituto de Seguros para a Segurança na Estrada (IIHS), nos Estados Unidos, mostrou o resultado de um teste de impacto em que o motorista deveria ter desligado o airbag do passageiro para transportar uma criança e não o fez. Confira o que houve o com o dummie:
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muito bom. estou estudando para um prova e me ocorreu esta dúvida,