Saiba qual o momento ideal para trocar ou vender um carro

Variáveis como desvalorização, quilometragem e seguro devem ser consideradas; especialista afirma que o ideal é ficar com o carro zero por pelo menos 3 anos

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Por Laurie Andrade
Publicado em 05/02/2019 às 15h20
Atualizado em 07/02/2019 às 11h37

Trocar de automóvel é uma resolução de ano novo muito comum. Mas vender um carro comprado zero-quilometro é uma decisão que requer análise. Fatores como desvalorização, manutenção e impostos precisam ser considerados para que o motorista não tome prejuízo demais.

Maurício Feldman, fundador da plataforma Volanty, que conecta vendedores e compradores carros, explica que o primeiro fator que deve ser levado em conta para a troca de um automóvel é o custo de manutenção. O empresário explica:

Para saber se está na hora de trocar de veículo, é preciso fazer as contas. Se o gasto anual com a oficina estiver superando em 10% o valor de tabela do carro, significa que há prejuízo.

Outro parâmetro a ser analisado na hora de vender o carro são as revisões periódicas. Normalmente, as de 50 e 60 mil quilômetros são mais caras. Isso porque é nessa quilometragem que o dono do carro precisa trocar itens como correia dentada, pneus e amortecedores.

Desvalorização e o momento ideal para vender um carro

Joel Leite, diretor da Agência Auto Informe, afirma que, em média, um carro perde de 10 a 15% de valor no seu primeiro ano. No segundo, a desvalorização é de 10%. Depois do terceiro ano de fabricação, a queda no preço fica menor e mais estável. Por isso, vender um carro nos seus primeiros dois anos não é uma boa opção do ponto de vista financeiro.

“Por outro lado, para quem quer comprar, os três primeiros anos são o melhor momento. O curioso é que muita gente vende o carro nesse período, para se manter com a versão mais atualizada do modelo. Existe, no mercado, uma grande oferta de veículos com dois ou três anos de uso”, comenta o especialista em mercado.

Especialistas listam os parâmetros a serem analisados na hora de vender um carro. Valor de manutenção e desvalorização estão entre eles.

Maurício Feldman explica que a atualização dos modelos pode influenciar no valor dos automóveis de anos anteriores.

Reestilizações e ciclo de vida

“O ciclo de vida de um modelo de carro é de cerca de 5 anos sem sofrer atualizações significativas. Esse número pode variar de acordo com o veículo e com a marca. Quando há uma grande mudança no modelo, ele logo perde valor no mercado de usados. Portanto, é bom ficar atento às notícias. Ao menor sinal de novidades na linha, é melhor se prevenir e negociar o carro, antes que ele se desvalorize em excesso”, destaca.

Joel Leite, por sua vez, chama atenção para outro ponto: “as pessoas ficam preocupadas em não comprar um carro quando ele está prestes a sair de linha porque acreditam que terão que encarar o problema da desvalorização. Mas a percepção que eu tenho é que quando um carro sai de linha, ele pode até mesmo valorizar. É o exemplo da Kombi, que virou queridinha depois deixar de ser produzida”.

Taxas e financiamentos: o que considerar na hora de trocar ou vender um carro

O valor do seguro também deve ser considerado na hora de comprar ou vender um carro. É que o preço da proteção do automóvel pode mudar significativamente de acordo com a categoria, modelo e marca. Para trocar de carro, é interessante comparar o valor do seguro atual e do veículo desejado.

Por fim, é preciso acompanhar o financiamento do automóvel. De acordo com Feldman, a taxa de juros praticada pelo mercado varia muito ao longo do tempo. Provavelmente, enquanto um contrato é pago, há redução de taxas para novos financiamentos. Neste caso, vale fazer as contas. Se houver uma redução significativa e a diferença no valor total a pagar for pequena, ou igual, vale a pena vender o carro.

Foto Shutterstock | Reprodução

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5 Comentários
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Jo 23 de abril de 2021

Comprei carro zero km em 2016. Mantenho manutenção preventiva rigorosamente em dia. Só me desfaco dele depois de 2030 e pra pegar um híbrido ou elétrico.

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Valter Rodolfo 7 de fevereiro de 2019

Tenho um polo de entrada que comprei zero em jun-2008, que trazia itens supérfluos, mas funcionais, tais como: rebatimento do retrovisor direito na marcha-re, ( tilt down) , gaveta sob o banco, para-sois com espelhos iluminados, porta óculos, iluminação do porta-luvas e porta-malas, sensores de estacionamento, abertura elétrica do porta-malas e da tampa de combustível . Atualmente vários carros carecem desses mimos.

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Celio* 6 de fevereiro de 2019

Por melhor que seja o negócio, eu sempre saio dele com a impressão de ter sido ludibriado.
Vender o usado particular é muito difícil e as concessionárias gostam de um carro bonitinho e bem cuidado para ganhar mais na revenda, mas nunca valorizá-lo na troca.
Nos últimos anos eu tenho protelado a troca ao máximo e às vezes, até penso em manter o meu direitinho e nunca mais trocá-lo.

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Pedro 27 de setembro de 2019

Exatamente, penso igual a você. Pra vender anunciando tem que ter muita paciência e sorte de fazer um bom negócio. Se tiver pressa e entregar na concessionária eles desvalorizaram o máximo que puder seu carro. Nesse caso tenho ficado mais tempo com meu carro antes de cair nessa encruzilhada.

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Andre 5 de fevereiro de 2019

O ideal é comprar carro zero km.

Mas não qualquer um.

Opte por modelos que são de fato lançamentos, nada de pegar segunda geração (meia vida) ou terceira geração(velharia).

Mas não pegue no lançamento!
Espere um ou dois anos, pois no primeiro ano apresentam problemas e o custo esta no teto.

Se tiver mais de um carro pense numa marca de fora, pois tem muito mais tecnologia.

Fabricado no Brasil, a maioria é velharia.

Veja por exemplo o yaris, que tem 5 anos em países pobres e não vai para os EUA. Ou os Fiat, que pararam de fabricar em vários mercados, até na Índia jogaram a toalha.

Fique com o carro uns 7 a 10 anos.
De 1 a 3 anos estará com carro melhor que os nacionais. De 4 a 7 no mesmo nível, e, depois de 7 anos um pouco defasado.

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