[Avaliação] T-Cross Comfortline: como anda o SUV com o 1.0 TSI?
Versão é a "top de linha" com motor 1.0 TSI de até 128 cv de potência e câmbio automáticos de seis marchas; ela tem preço sugerido de R$ 99.990
Versão é a "top de linha" com motor 1.0 TSI de até 128 cv de potência e câmbio automáticos de seis marchas; ela tem preço sugerido de R$ 99.990
O T-Cross, SUV da Volks, tem mais a ver com automóvel do que com SUV pela dirigibilidade, apesar da inclinação da carroceria em curva provocada pela grande altura do solo.
Avaliamos o T-Cross Comfortline 200 TSI, versão top de linha com motor 1.0 turbo e câmbio automático. O número no nome da versão por questão de marketing, em alusão ao torque de 200 Nm equivalente a 20,5 kgfm.
T-Cross é montado sobre a arquitetura MQB (Matriz Modular Transversal), a mais moderna do grupo Volkswagen. Estrutura construída com materiais de alta resistência obteve pontuação máxima na prova de impacto do Latin NCAP que simula proteção a adultos e crianças.
Percebem-se imediatamente no interior do T-Cross Comfortline os apliques de cor chamativa em algumas partes. Estão ali para disfarçar a aparência dos plásticos sem material emborrachado no painel central e tornar o ambiente menos sisudo.
Esses opcionais na cor marrom estão aplicados em toda a extensão frontal do painel, nas maçanetas das portas dianteiras e no console central.
O artifício forma par com arremate da forração em couro dos bancos, também opcional. Independentemente disso, percebe-se capricho na montagem e encaixes no interior. Acabamento benfeito.
Volante tem ótima pega e está revestido corretamente com material rugoso, que evita deslize acidental das mãos, e agrupa apenas comandos de som, telefone, computador e controle de velocidade, o que favorece a ergonomia.
Coluna de direção tem ajustes de altura e de distância. Sistema multimídia com tela tátil no alto do painel central como reza a moda atual. Diâmetro de giro não é dos menores (10,9 metros), mas o pouco comprimento ajuda nas manobras em garagem.
T-Cross tem excelente espaço interno tanto nos bancos dianteiros quanto no traseiro. Isso por causa da grande distância entre-eixos de 2,65 metros em um veículo de apenas 4,19 metros de comprimento. Espaço farto para cabeça e, principalmente, para pernas no banco traseiro.
Há saída de ar-condicionado e duas entradas USB para os ocupantes de trás. Bancos dianteiros carecem de melhor anatomia, apesar da regulagem lombar. Sente-se desconforto nas pernas, que deveriam ter melhor apoio.
Porta-malas bem dimensionado tem locais de fechamento na tampa pesada nos lados direito e esquerdo, como manda a boa ergonomia, facilitando a tarefa para destros e canhotos.
Rodar confortável, mas um pouco áspero sobre piso irregular. Rodas aro 17 e pneus de perfil 55 são de série no Volkswagen T-Cross Comfortline . Suspensão bem calibrada entre conforto e estabilidade, que convence para um SUV.
Boa posição de dirigir com regulagem de altura no banco do motorista. Boa também é a visibilidade ajudada pelos retrovisores.
Deslizes em ergonomia são comandos dos vidros em posição recuada na porta, além das teclas pequenas dificultarem acionamento; e forração em couro não permite transpiração.
Freio de estacionamento (mão) dá a impressão de estar emperrado e sendo forçado ao ser puxado. Para soltá-lo, não. Limpadores/lavadores cumprem bem a função. Farol tem facho curto no baixo e deveria ter mais poder de iluminação.
Freios excelentes com disco nas quatro rodas param bem em frenagem simulada de emergência sem abaixar a frente.
Há quatro modos de condução (opcional): Eco, visando menor consumo; Normal; Esportivo, com trocas das marchas em rotações mais altas; e o Individual. Nesse último podem-se fazer ajustes também na direção, que, entretanto, mantém a mesma calibragem do modo Normal.
Direção não é comunicativa como no Polo, carro que deu origem ao SUV, mas tem leveza em manobras e é firme em alta. Ponto central carece de melhor definição.
Motor 1.0 TSI forma par com câmbio automático de seis marchas com conversor de torque no Volkswagen T-Cross Comfortline . Ocorrem reduções de marcha ao diminuir a velocidade. Acelerações convencem, mas retomadas de velocidade não.
Há ligeiro retardo na resposta aos comandos do acelerador no kick-down, caso de ultrapassagem, principalmente com ar-condicionado ligado. E o conjunto fica ruidoso em alta rotação.
Nessa hora, desempenho está mais para motor aspirado do que turbo. Mesmo abastecido com álcool, que tem 12 cv de potência a mais do que com gasolina. O torque é o mesmo para álcool e gasolina.
Volkswagen T-Cross Comfortline tem preço sugerido de R$ 99.990. Com todos opcionais chega a R$ 110.690. Teto solar panorâmico, sensores de chuva e crepuscular e espelho retrovisor interno eletrocrômico custam R$ 4.800.
Outro pacote de opcionais custa R$ 3.950 e inclui navegação, partida e entrar e sair do carro sem chave, seletor do modo de condução, entre outros. E finalmente aplicações decorativas no painel e forração em couro custam R$ 1.950.
Volkswagen T-Cross Comfortline é equipado de série com controles de tração, estabilidade e assistente de partida em rampa, airbags laterais dianteiros e de cortina, além dos frontais obrigatórios como os freios ABS, volante revestido em couro com aletas para troca de marchas, ar-condicionado digital, entre muitos outros. Garantia é de três anos.
Ficha técnica | Volkswagen T-Cross Comfortline 200 TSI |
---|---|
Motor | de três cilindros em linha, 999cm³ de cilindrada, turbo, flex |
Potência | 128 cv (etanol) e 116 cv (gasolina) a 5.500 rpm e torque máximo de 20,4 kgfm (e/g) de 2.000 rpm a 3.500 rpm |
Transmissão | tração dianteira e câmbio automático de seis marchas |
Direção | tipo pinhão e cremalheira com assistência eletromecânica; diâmetro de giro, 10,9 metros |
Freios | disco ventilado na dianteira, e sólido na traseira |
Suspensão | dianteira, independente, do tipo McPherson, barra estabilizadora; traseira, eixo de torção; altura do solo, 18,8 cm a 19,1 cm |
Rodas/pneus | 6,5×17”de liga leve/205/55R17 |
Peso | 1.252 kg |
Carga útil (passageiros + bagagem) | 458 kg |
Dimensões (metro) | comprimento, 4,199; largura, 1,76; altura, 1,60; distância entre-eixos, 2,65 |
Capacidades (litro) | Porta-malas, 373 a 420 (depende da posição do encosto do banco traseiro); tanque, 52 |
Velocidades máximas | 184 km/h (e)/179 km/h (g) |
0 a 100 km/h | 10,4 segundos (e)/10,9 (g) |
Consumo (km/l) | cidade, 11 (g)/7,6 (e); estrada, 13,5 (g)/9,5 (e) |
Fotos Alexandre Carneiro | AutoPapo
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Fez um ano que comprei o confortline . Pra minha decepção o porta óculos quebrou do nada . Ontem, o vidro do lado do carona despencou. Levei na concessionária e não tinham outra peça pra substituir, ficaram de ver se conseguiam em outra loja. Se não conseguirem terão que fazer o pedido junto à fábrica que deverá chegar num prazo de 15 a 30 dias. Decepcionada com o carro. Afinal, um carro novo não era ora ter esses tipos de problemas
Lento em retomadas, avaliação suspeita bacana é a retomafa do fiat renegade com motor obsoleto e beberrão. Dirigi esse tcross e para um 1.0 de 3 cilindros é uma carrão.
Olá, Marco Aurélio.
O fato de criticarmos um modelo não quer dizer que os outros são elogiáveis no quesito avaliado.
Obrigado e abraço
Amigo, desculpe se fui grosso com você. Minha intenção era opinar sobre pcds que experimentei. Sou fã dos turbos, depiis que andei neles fica difícil andar com carros aspirados. E o consumo é um fator preponderante nos dias atuais. Um abraço.
Ótimo carro, ta vendendo muito, quem conhece compra VW. T cross vai pra liderança em janeiro de SUV, é só esperar pra ver.
Pode ter o torque que for, mas se é 1.0 não me serve.
Sou da geração em que cilindrada era indicativo de potência. Um carro 1.0 era de menor potência que todos os outros, de 1.4, 1.6, 1.7, 1.8, 2.0 e 2.2. E não irei mudar de opinião pessoal.
A engenharia mudou o tipo de motor e características técnicas mas então o departamento de marketing não deveriam nem dizer que se trata de um carro com 999 cilindradas. Teve toda uma geração que atrelou e associou cilindrada a potência do motor. E para essa geração é deprimente dizer que pagou 100k em um carro 1.0 !!!
Deprimente é pagar R$ +100 mil num carro com interior de qualidade de um carro de entrada.
Esse motor 1.0 TSI é muito bom para o que se propõe. Apenas o que preocupa a muito é a manutenibilidade mais restritiva.
motor turbo moderno c alto desempenho nas acelerações robustas aliado a bom consumo.
Para mim é o “fim da picada” pagar 100k em um carro 1.0 (999 cilindradas) e que fica ainda 10k mais caro com acessórios. Carro não é computador. Com esse valor compro um Honda HRV EX 1.8 de 140 CV !
Aí não fica mal na fita com os amigos e consigo mesmo ter pago 100k em um carro 1.8 !
Agora 1.0 sinceramente…
À parte minha opinião sincera, a matéria foi muito bem feita e esclarecedora. Parabéns!
Concordo com você Raphael, Carro tem que ter motores acima de 1.4 para ter um preço maior, e também concordo plenamente que carro não é computador tenho um Vectra 1996. Motor 2.0 e cambio manual me sinto motorista de verdade.
Parabéns pela matéria.
Gostaria de saber sobre o TCross para pcd.
Obrigado
Olá, lothar, depois de rodar muito, o melhor custo benefício, foi o T-Cross, sou de SC, nosso estado retirou o desconto icms. A WV é uma das únicas que dá além do IPI, desconto de 15% de fábrica. Portanto, de 106 mil um T-cross abaixo do confortline, mas com vários equipamentos e kits, com tudo isso sai por 85.150,00.