Pacote de revisões de carro: vale a pena contratar?
Há vantagens e desvantagens, para dono e concessionária, em se adquirir o pacote durante a compra de um carro zero quilômetro
Há vantagens e desvantagens, para dono e concessionária, em se adquirir o pacote durante a compra de um carro zero quilômetro
Tem uma novidade no mercado, principalmente na comercialização de modelos mais sofisticados. Ao fechar negócio na concessionária, ela oferece uma novidade bolada pela fábrica ou importadora: a possibilidade de incluir no valor do automóvel o custo de um pacote de revisões, cobrindo as primeiras checagens anuais.
Aquelas previstas para serem feitas aos dez mil, vinte mil e trinta mil km, por exemplo. Vale a pena?
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Sim, o freguês deve avaliar a oferta pois há vantagens neste “pacotão”. Em primeiro lugar, estas revisões têm custo pré-fixado pela fábrica. Como exemplo, aos 10 mil km paga-se R$ 750, aos 20 mil km o custo é de R$ 900 e assim por diante.
Mas, na promoção da compra antecipada, há um desconto no preço total.
Em segundo lugar, o pacote de revisões inibe o concessionário de tentar a tradicional “empurroterapia”, nada de oferecer serviço ou produto desnecessário. Só mesmo diante de uma comprovada necessidade. Até porque o carro já chega para a revisão com a mensagem de que “ela já está quitada, foi paga antecipadamente”.
Outra vantagem é que, como a maioria destes modelos é vendida com financiamento de total ou parte do valor, o “pacotão” acaba sendo diluído no valor das prestações mensais pagando-se apenas alguns reais adicionais em cada uma.
Para a fábrica, há vantagens nas “entrelinhas”: ela oferece à concessionária a possibilidade de receber antecipadamente pelas revisões. E “segura” o cliente, evitando que ele leve o carro para a manutenção fora da rede.
Além disso, o pacote de revisões é uma ferramenta adicional para conquistar o freguês, pois torna transparente o custo destas revisões, um verdadeiro “bicho-papão” que amedronta o candidato à compra de um modelo sofisticado, principalmente se for importado.
Quando o Brasil voltou a importar automóveis, em 1990, várias marcas usavam da pouco recomendável prática de reduzir ao máximo o preço do carro zero quilômetro mas resgatavam o desconto a médio prazo, cobrando preços absurdos nas revisões obrigatórias no período de garantia.
Construíram elas mesmas a imagem de que manutenção do carro importado custa um absurdo.
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