Pacote de revisões de carro: vale a pena contratar?

Há vantagens e desvantagens, para dono e concessionária, em se adquirir o pacote durante a compra de um carro zero quilômetro

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Por Boris Feldman
Publicado em 31/05/2018 às 14h00
Atualizado em 19/02/2020 às 19h30

Tem uma novidade no mercado, principalmente na comercialização de modelos mais sofisticados. Ao fechar negócio na concessionária, ela oferece uma novidade bolada pela fábrica ou importadora: a possibilidade de incluir no valor do automóvel o custo de um pacote de revisões, cobrindo as primeiras checagens anuais.

Aquelas previstas para serem feitas aos dez mil, vinte mil e trinta mil km, por exemplo. Vale a pena?

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Sim, o freguês deve avaliar a oferta pois há vantagens neste “pacotão”. Em primeiro lugar, estas revisões têm custo pré-fixado pela fábrica. Como exemplo, aos 10 mil km paga-se R$ 750, aos 20 mil km o custo é de R$ 900 e assim por diante.

Mas, na promoção da compra antecipada, há um desconto no preço total.

Em segundo lugar, o pacote de revisões inibe o concessionário de tentar a tradicional “empurroterapia”, nada de oferecer serviço ou produto desnecessário. Só mesmo diante de uma comprovada necessidade. Até porque o carro já chega para a revisão com a mensagem de que “ela já está quitada, foi paga antecipadamente”.

Outra vantagem é que, como a maioria destes modelos é vendida com financiamento de total ou parte do valor, o “pacotão” acaba sendo diluído no valor das prestações mensais pagando-se apenas alguns reais adicionais em cada uma.

Há vantagens e desvantagens no pacote de revisões durante a compra de um carro novo, tanto para o dono quanto para a concessionária.

Para a fábrica, há vantagens nas “entrelinhas”: ela oferece à concessionária a possibilidade de receber antecipadamente pelas revisões. E “segura” o cliente, evitando que ele leve o carro para a manutenção fora da rede.

Além disso, o pacote de revisões é uma ferramenta adicional para conquistar o freguês, pois torna transparente o custo destas revisões, um verdadeiro “bicho-papão” que amedronta o candidato à compra de um modelo sofisticado, principalmente se for importado.

Quando o Brasil voltou a importar automóveis, em 1990, várias marcas usavam da pouco recomendável prática de reduzir ao máximo o preço do carro zero quilômetro mas resgatavam o desconto a médio prazo, cobrando preços absurdos nas revisões obrigatórias no período de garantia.

Construíram elas mesmas a imagem de que manutenção do carro importado custa um absurdo.

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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

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