Peça de reposição: pode ser mais barata – e custar a sua vida!

Infelizmente, ainda não se exige, no Brasil, que qualquer peça de reposição colocada no mercado seja aprovada por um órgão certificador

duvida pecas ilustra
Por Boris Feldman
Publicado em 06/01/2019 às 20h00

O carro está na oficina precisando de peças, o mecânico te passou uma relação, mas você não sabe se compra na concessionária, na loja de peças ou no ferro-velho… A primeira opção é a mais garantida, mas pode ser mais cara. Na loja, a peça de reposição pode ser exatamente a mesma e custar mais barato. Ou ser apenas parecida com a original, custar menos, e ter qualidade inferior. No ferro-velho é sempre mais barato, mas vale ressaltar que é perigoso comprar componentes que interferem na segurança do automóvel.

A diferença entre a peça na concessionária e no mercado paralelo (loja) pode ser apenas a embalagem: na autorizada ela vem da fábrica, na loja a caixa tem o logotipo de quem a fabricou – que pode ser a mesma fornecedora da montadora (qualidade equivalente) ou uma outra, que pode ou não ter qualidade.

Vai fazer um reparo no seu carro e não sabe se compra a peça de reposição na concessionária, em uma loja especializada ou no ferro velho? Tenha cuidado...

Por exemplo: uma peça do sistema elétrico comprada na concessionária VW tem o símbolo da marca na embalagem, porém foi fabricada pela Bosch. A loja pode ter a mesma peça numa caixa da Bosch. Nenhum problema. Alguns componentes de reposição são fabricados por marcas de qualidade internacional, mas não são fornecedores das montadoras. Também sem problema.

O perigo está nas peças (principalmente as da suspensão, direção e freios) fabricadas pelas firmas “fundo de quintal”. Tem amortecedor recondicionado, rolamento falsificado, pneu remoldado e outras barbaridades. No posto, tem fluido de freio que não custa quase nada, mas acaba custando a sua vida.

Infelizmente, ainda não se exige, no Brasil, que qualquer peça de reposição colocada no mercado seja aprovada por um órgão certificador, como existe no Primeiro Mundo. Em caso de dúvida, o mais garantido é o componente que se adquire na rede de concessionárias, pois a própria fábrica se encarrega de exigir qualidade.

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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

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