Dias dos Pais: conheça 7 carros que ‘deram crias’
Alguns carros chegam ao mercado e dão origem a verdadeiras famílias, variando carroceria e, até mesmo, segmento
Alguns carros chegam ao mercado e dão origem a verdadeiras famílias, variando carroceria e, até mesmo, segmento
Neste domingo (9) se comemora mais um Dia dos Pais e, no setor automotivo, muitos carros mereciam presentes. São projetos que originaram outras carrocerias.
Hatches como Gol e Palio, ou mesmo sedãs como o Logan, fecundaram outras categorias: além das duas já mencionadas, também nasceram destes modelos picapes, station wagons e até utilitários esportivos. Confira:
O projeto BX começou em 1980 com o lançamento do carro que viria a ser líder de mercado por quase três décadas. A Volkswagen elaborou o Gol já de olho em uma família grande de compactos, tanto que nos anos seguintes nasceram o sedã Voyage, a station wagon Parati e a picape Saveiro.
O Gol está na terceira geração e teve várias atualizações, e quase sempre os seus filhos o seguiram. Verdade que a Parati ficou pelo caminho e o Voyage ficou fora do mercado por quase 20 anos, mas hoje se mantém unido à família.
Nos anos 1990 a Fiat precisava de um compacto, além do Uno, para fazer melhor frente ao Gol. A solução foi lançar o Palio, projeto europeu de sucesso – que aqui foi adaptado a outra plataforma do fabricante italiano. E o hatch tratou de fazer nascer configurações até então inéditas na linha.
A primeira derivação foi o sedã Siena. Depois veio a perua Palio Weekend – e sua versão Adventure – e a picape Strada, que se tornou o comercial leve mais emplacado do país.
As reestilizações foram acompanhadas pela família na maior parte do tempo, mas quando o novo Palio surgiu, nos anos 2010, não teve filhos diretos. A station prosseguiu com seu design antigo e deixou de ser produzida em 2019, o Siena mudou a geração e virou Grand Siena e a Strada só foi ganhar segunda geração agora – mas a velha picape honra os antepassados como versão de entrada da linha.
O primeiro Corsa causou rebuliço em 1994. Projeto da alemã Opel (na época, ainda da General Motors), foi lançado aqui só um ano depois da estreia na Europa, tinha design moderno, trazia a injeção eletrônica para o segmento de compactos e usava plataforma bastante avançada para os padrões brasileiros. Não admira que o carro teve até cobrança de ágio nos primeiros meses…
Enfim, assim como o Palio, o compacto da Chevrolet deu frutos que foram projetos verde amarelos. Quase de cara, o Corsa Sedan, que sobreviveu mais tempo que o hatch de primeira geração, foi rebatizado como Classic e durou até 2016. Também teve a Corsa Wagon e a Corsa Pick-up. Estas duas chegaram ao fim após a segunda geração do compacto, em 2002, que fez nascer um sedã e também a picape Montana.
Em 2004, os brasileiros que estavam no Salão de Paris correram para falar da novidade: o projeto do Dacia Logan ia ser lançado no Brasil com o emblema da Renault, montadora dona da marca romena. O sedã foi lançado aqui em 2007, com poucas diferenças em relação ao original europeu.
Mas aí o Brasil fez o caminho inverso. Com seu design controverso, a engenharia da marca francesa ajudou o Logan a procriar e surgiu o hatch Sandero – o que mostra que filho feio tem pai. Uma picape sobre a base do sedã chegou a ser cotada, mas não mfoi adiante.
Em 2011, a arquitetura do Logan serviu ao SUV Duster. Uma picape de fato desta base apareceu em 2015, com a Oroch, uma espécie de Duster com caçamba, só que com mais espaço que os modelos compactos. Com o passar dos tempos, sedã, hatch e utilitário caminharam quase que juntos nas reestilizações e remodelações.
O Projeto Amazon é tido como a salvação da Ford no Brasil. No início dos anos 2000, a marca estava com carros pouco atraentes na base do mercado. Eis que surge o novo FIesta, em 2002, fabricado em Camaçari (BA). O carro alavancou as vendas da montadora e deu sequência a uma variante sedã.
Mas o filho mais bem-sucedido e motivo de orgulho do Fiesta foi, sem dúvida, o EcoSport. Em 2003, a Ford criou o primeiro SUV genuinamente urbano e sem qualquer pretensão fora de estrada, usando a base do hatch. O Eco vendeu como nunca e nadou de braçadas por mais de 10 anos sem ter concorrentes diretos.
Outra linha de compactos réplica de um original europeu, mas que rendeu frutos de carrocerias diferentes ou inéditas. Em 1999 a Peugeot começou a fabricar o 206 em Porto Real (RJ) e o carro inovou dentro do segmento de compactos, com design arrojado e acabamento mais caprichado. Anos depois, o 206 ganharia uma bonita versão station wagon – chamada de 206 SW, com direito até à configuração aventureira, a Escapade.
Boris Feldman já andou no 208. Veja o que ele achou do hatch:
Em 2008, um 207 começou a rodar na Europa com plataforma nova. O paizão daqui preferiu a plástica. A Peugeot aproveitou a arquitetura do 206 e tascou uma casca de 207 (maldosamente chamado de 206 e meio). A estratégia não fez muito sucesso, contudo, mesmo assim, procriou: tivemos o 207 Passion (sedã), a 207 SW, a 207 Escapade e até a picape Hoggar, o filho que menos fez sucesso nesta ninhada.
O hatch foi considerado uma revolução no segmento de compactos quando foi apresentado no Brasil, em 1984. Sua aerodinâmica e seu aproveitamento do espaço interno realmente eram diferentes. E assim como rival Gol na época, tratou de fertilizar o mercado.
O modelo teve o Prêmio, sua variante sedã, e a perua Elba, que tinha um espaço incrível no porta-malas. Outra cria bacana foi a Fiorino, nas configurações picape e furgão.
O Uno perdurou por décadas e mudou de nome para Mille, mas seus descendentes ficaram pelo caminho. Deixou de ser produzido em 2014. Antes disso, em 2010, uma nova geração quadradinha do Uno chegou. Este foi mais comedido ao fazer filho: gerou a nova Fiorino só como furgão (apelidada de Fioruno) e sua plataforma serve de base para o subcompacto Mobi.
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