Apelidos para carros: veja nomes que modelos receberam no Brasil
Listamos cinco apelidos, entre clássicos e modernos, maldosos e bondosos, que os carros receberam dos brasileiros
Listamos cinco apelidos, entre clássicos e modernos, maldosos e bondosos, que os carros receberam dos brasileiros
Quase todo mundo já recebeu alguma alcunha na vida. Algumas são carinhosas. Outras nem tanto. Com os carros não poderia ser diferente. Selecionamos apelidos para carros que marcaram época e explicamos as motivações do epíteto.
O nome do VW Sedã, aliás, é um dos apelidos para carros que foi oficialmente adotado pela marca no Brasil. O quarto veículo mais vendido da história (atrás do Toyota Corolla, das picapes da Ford F-Series e do VW Golf) ganhou a alcunha por causa do som do V em alemão, que se assemelha a nossa pronúncia do F, daí a sonorização Folks. De Folks foi para Fusca na boca do brasileiro até ser adotado oficialmente pela fabricante em 1983.
Em outros países o modelo criado por Ferdinand Porsche a pedido do governo nazista da Alemanha, também recebeu apelidos carinhosos. Käfer (besouro) na Alemanha; Ecarabajo ou Cucaracha (escaravelho ou barata) em países de língua espanhola; Maggiolino (pequeno inseto) na Itália e Coccinelle (joaninha) nas nações francófonas.
Duas versões do Fusca produzidas no Brasil receberam apelidos para carros bem menos carinhosos
O VW 1600, o Fusca de quatro portas, foi chamado de Zé do Caixão. A referência não era para o personagem homônimo interpretado pelo cineasta José Mojica Martins. Se devia ao formato do sedã, com as maçanetas da porta parecidas com a de um caixão. O modelo teve vida curta. A produção começou em 1969 e foi enterrada (desculpem o trocadilho) em 1971.
A versão com teto solar recebeu a alcunha de Cornowagen. Há quem diga que abertura no teto dava mais espaço para os chifres do motorista. Maldade pura. Outro fato que contribuiu para a fama do modelo foi o comercial de televisão. Ao final, uma modelo coloca meio corpo para parte de fora do teto solar e acena para quem passa. A sociedade, ainda mais machista na década de 1960, conseguiu enxergar ali motivos para o veículo ser considerado coisa de corno.
O brasileiro nas décadas de 60 e 70 parecia, algumas vezes, um personagem de Nelson Rodrigues. A sombra do dramaturgo na sociedade (ou seria o reflexo do cotidiano nas obras dele) transpunha a linha tênue entre ficção e realidade e levava os dilemas de alcova até para os carros. Nem a igreja foi perdoada.
Os automóveis DKW produzidos por aqui entre 1956 e 1967, com a licença Vemag, eram equipados com motor de dois tempos, com óleo misturado à gasolina. Logo, não era preciso trocar o lubrificante, o que pedia a dedicação de um dos apelidos para carros.
Por não trocar o lubrificante, Belcar, Vemaguete, Fissore e até o jipe Candango ganharam a alcunha de: “Carro de Padre”. Precisa explicar o motivo? Se sim, a ausência da troca de óleo é uma alusão ao voto de castidade dos celibatários.
Os apelidos para carros foram do universo sacana do Brasil de antigamente para um monstro japonês. Nada da picardia de corno ou celibatário. O esportivo Nissan GT-R ganhou de jornalistas australianos o apelido de Godzilla, o monstrão criado por uma explosão nuclear e que já protagonizou quase 60 filmes.
A fama percorreu o mundo. Pudera. O GT-R é um exagero. Equipado com motor 3.8 V6 biturbo chega a 572 cavalos a 6.800 rpm e 64,9 kgfm entre 3.300 e 5.800 rpm (!!!). Está na sexta geração e o motor é montado, manualmente, por takumis (artesões em japonês). O câmbio é de dupla embreagem e seis velocidades. Velocidade máxima: 313 km/h. Esse pode, sem dúvida, ser chamado de monstrão.
Se o japonês aí de cima é monstrão, o coreano em questão é um bobão. A Hyundai quando lançou o Veloster no mercado brasileiro, em 2011, anunciava potência de 140 cv. Porém, tinha apenas 128 cv. A empresa, representada pela CAOA, teve que assinar um termo de ajustamento de conduta e pagar multa de R$ 1,6 milhão por propaganda enganosa.
Teve até consumidor que ganhou ação individual alegando ter sido enganado por propaganda enganosa. Já contemporâneo do tribunal sumário das redes sociais o “esportivo” da Hyundai levou a alcunha de Devagoster. Entre os apelidos para carros, esse dá dó, né? Dos consumidores, é claro.
A impotência nunca foi perdoada. Se o design do Veloster pode não agradar a todos, são raros aqueles com capacidade de chamar de feio o Simca Chambord, produzido no Brasil entre 1959 e 1967.
Era, sem dúvida, um lindo design francês, equipado com motor V8, mas com a performance bem limitada. Logo, levou um apelido para carros baseado no galã italiano Marcello Mastroianni, que em 1960, estrelou a produção ítalo-francesa Il Bell’ Antonio. As mulheres ficavam caidinhas pela beleza dele, mas na hora do vamos ver era impotente.
O motor do Simca era V8 de 2.351 cm³ de cilindrada e que rendia apenas 84 cv. Muito pouco para os 1.215 kg distribuídos em 4,75m de comprimento. Sem potência de nada valia a traseira estilo rabo de peixe, a linha de cintura alta, os cromados espalhados e as então pouco usuais quatro portas. Virou apenas um Belo Antônio.
Fotomontagens Fabiano Azevedo | AutoPapo
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Tenho um celta preto me digam aí um apelido pra mim coloca nele
Tenho um motohome ivecodaille ano 2013 van que nome vcs surgerem pra este projeto??
Qual apelido colocar em um ômega preto.
Honda CB 750 – sete galo
Ford Maverick – Maveco
Dodge Charger – Dojão, Dogera
VW Brasília – Brasa
VW Gol 90 – Gol bolinha
VW Kombi anos 60 – Corujinha
VW Kombi anos 90 – Pão Pulmann
Franco, vc saberia me dizer qual carro, nos anos 70, tinha o apelido de Chichata? Alguns dizem que era o DKW. Tinha o “Leite Glória”, que era o Gordini. A propaganda do leite na época dizia: Desmancha sem bater.
Não faço a menor ideia campeão
Meu Prisma prata quero apelido.
Tenho um golf vermelho nao sei qual apelido. Qeu coloco nele
Rosas vermelhas
Honda Civic ultima geração – Carro do Jaspion
Ó Civic última geração é chamado de Civic boomerang!!! Por causa das sua lanternas traseiras….
Fiat Uno – bota ortopédica
Renault Dauphine/ Gordini – leite glória
Renault 4 CV – rabo quente
Volks Golf Mk 4 – sapão
Gm Monza (91 a 96) – tubarão
Ferrari 365 GTB/4 – daytona
Ruf CTR – yellowbird
Moto Yamaha RD350 – viúva negra
Interessante. Havia mecânicos que trocavam o motor do Simca, pelo do Opala 4 cilindros, 2.5. Dizem que ficava perfeito. Outros, trocavam o três cilindros do DKW, pelo do Corcel 1.4. Também dizem que ficava show.