Carros raros: 12 nacionais que você não sabia que existiram

Curte automóveis pouco conhecidos? E nacionais? E ambos? Então se ligue no levantamento do AutoPapo com 12 carros raros fabricados no país. Nossa lista traz apenas configurações com tipos de carrocerias incomuns. Outros tipos de singularidades feitas no país, como séries especiais ou versões com motorização exclusiva, ficaram de fora; futuramente, eles poderão ser incluídos em um listão específico. Você já viu algum deles?

1. Chevrolet Chevette 4 portas

O Chevette deu origem a uma grande família no Brasil. Dele, nasceram a perua Marajó e a picape Chevy, além do hatch. A linha contabilizou cerca de 1,6 milhão de unidades produzidas no país. Ainda assim, há um carro raro nessa gama: o sedã, com quatro portas. Lançada em 1979, essa configuração foi produzida até 1987. Teve pouquíssimas unidades vendidas no país, pois o consumidor local preferia, na época, veículos com duas portas. Porém, o modelo foi exportado e vendeu bem em outros mercados da América do Sul.

2. Volkswagen TL 4 portas

Se um TL já não é figura fácil nas ruas, o que dizer de um quatro portas? Pois ele existiu! A ideia da Volkswagen era ter um substituto à altura para o Sedan 1600, popularmente conhecido como “Zé do Caixão”. Foi outro que vendeu pouco em função do então gosto dos brasileiros por modelos de duas portas. Por isso, o fastback conseguiu agradar apenas aos taxistas e a um ou outro comprador.

3. Volkswagen Brasilia 4 portas

Outro Volkswagen de quatro portas com motor traseiro a ar está em nossa lista de carros raros nacionais. Das 950 mil unidades do modelo feitas no Brasil, entre 1973 e 1982, uma ínfima parcela tinha as portas adicionais. Essa variação acabou obtendo mais sucesso em países para os quais era exportada, entre os quais Nigéria, Chile e Venezuela.

4. Volkswagen Golf 2 portas (GTI VR6)

Este aqui foi feito de propósito para ser um dos carros raros da indústria nacional. A Volkswagen comercializava o Golf de quarta geração apenas com quatro portas, inclusive na versão esportiva GTI, com motor 1.8 turbo de quatro cilindros e 180 cv. Todavia, produzia no Brasil o duas portas, apenas para exportação. Em 2003, a empresa decidiu fabricar uma série superespecial, limitada a 99 exemplares, com motor 2.8 de seis cilindros aspirado de 200 cv e a carroceria destinada aos países estrangeiros. Os veículos eram numerados e traziam um body kit exclusivo. Nascia aí o GTI VR6.

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5. Volkswagen Kombi Pick-up cabine dupla

A Kombi teve diversas opções de carroceria no Brasil. As mais comuns são a standard (para passageiros ou carga), o furgão e a picape, mas houve também configurações mais inusitadas. Entre as quais, estão o modelo com seis portas e a picape com cabine dupla. Essa última tinha a particularidade de ter duas portas do lado direito e apenas uma do lado esquerdo. Isso cerca de 20 anos antes de a Hyundai lançar o Veloster! Foi produzida de 1981 a 1985 e teve, além de opções de motores a gasolina e a álcool, um inédito propulsor a diesel, que revelou-se problemático e logo deixou de ser oferecido.

6. Karmann Ghia conversível

O Karmann Ghia cupê não é exatamente comum no Brasil: teve apenas 23,4 mil unidades produzidas entre 1962 e 1971. O conversível, então, é uma verdadeira mosca branca, com apenas 176 (algumas fontes apontam 177) exemplares fabricados a partir de 1968. Há quem diga que eles são carros raros, mas tão raros, que é mais fácil encontrar um conversível adaptado a partir de um veículo com capota rígida que um original de fábrica. Por isso, um veículo desses em bom estado tem preço superior a R$ 100 mil atualmente.

7. Fiat Tempra 2 portas

O Tempra cupê é daquelas coisas às quais chamamos de jabuticaba: só existiu no Brasil. Foi desenvolvido especialmente pela engenharia da Fiat em Betim (MG) para os consumidores locais. Porém, nos anos 90, o gosto dos compradores já havia começado a mudar, e a configuração de quatro portas teve maior aceitação. Por isso, o duas portas durou pouco, somente de 1992 a 1994. Apesar da carreira curta, essa carroceria foi oferecida para várias versões da gama. A mais famosa é a Turbo, com motor sobrealimentado de 165 cv, que dava ao modelo o título de nacional mais veloz da época.

8. Willys Itamaraty Executivo

Eis aqui um modelo que merece figurar em qualquer lista de carros raros nacionais. Enquanto o Itamaraty era o sedã de luxo da Willys, derivado do Aero, o Executivo era ainda mais sofisticado, com direito a entre-eixos alongado. Uma verdadeira limusine, lançada em 1968! Além do enorme espaço interno, que permitia a instalação de bancos adicionais para dois passageiros, o modelo tinha equipamentos exclusivos. Entre os quais, havia ar-condicionado e até barbeador elétrico! Apenas 27 unidades foram fabricadas: uma delas serviu à presidência da república durante a ditadura militar.

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9. Willys CJ-6 (Bernardão)

Nem Rural, nem Pick-up. O utilitário mais raro da linha de carros da Willys é o jipe CJ-6, mais conhecido como Bernardão. O apelido era uma alusão ao local de produção: São Bernardo do Campo (SP). Claro, também havia relação com o tamanho do veículo, que tinha o entre-eixos 51 cm mais longo que a versão convencional. Graças ao maior porte, levava até seis ocupantes.

10. Simca Jangada

“Meu pai comprou um carro; ele se chama Simca Chambord”. Enquanto o sedã da linha ganhou até música, composta pela banca Camisa de Vênus, a perua Jangada permaneceu mais obscura. Talvez tenha sido pela produção mais limitada, talvez por ter chegado ao mercado só em 1963, quatro anos após a estreia do modelo com carroceria de três volumes, a perua tornou-se raríssima nos dias de hoje. Os exemplares sobreviventes são escassos e muito valorizados pelos colecionadores.

11. Ford Maverick 4 portas

Esse é para quem gosta de motor V8. Mas o modelo em questão aqui não é o cupê na versão esportiva GT, e sim o sedã, que tinha proposta mais luxuosa. Ademais, era mais espaçoso que o “irmão” de duas portas, devido ao entre-eixos maior. Apesar disso, e também de contar com opções mais acessíveis de motorização, com seis ou quatro cilindros, o modelo vendeu pouco. Talvez porque a Ford já tivesse uma opção de quatro portas mais sofisticada em sua gama: o Galaxie. Seja como for, ele se tornou um dos carros raros da nossa indústria.

12. Ford Corcel II Van

“Como assim? Isso aí é uma Belina!” Não causaria espanto se alguém fizesse essa observação ao ver a foto acima. Afinal, o utilitário em questão era realmente baseado na Belina. Porém, seu nome era Corcel II Van. O modelo tinha chapas de aço no lugar dos vidros laterais traseiros. Outra diferença em relação à perua era a presença apenas dos bancos dianteiros; todo o espaço posterior era destinado à carga. A ideia da Ford era ter um comercial leve e compacto para concorrer com o Fiat Fiorino de primeira geração. Porém, o modelo não teve boa aceitação e somente 504 veículos saíram das linhas de montagem entre 1982 e 1984.

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