[Avaliação] Peugeot 2008 Griffe 1.6: nada além de retoques
SUV compacto equipado com transmissão automática de seis velocidades e motor 1.6 aspirado tem desempenho mediano
SUV compacto equipado com transmissão automática de seis velocidades e motor 1.6 aspirado tem desempenho mediano
Peugeot 2008 passou por ligeiras alterações estilo. Grade frontal, agora na cor preta, capô mais horizontal, para-choques, além de apliques de plástico em toda a extensão da carroceria. Alterações discretas no SUV compacto. Avaliamos a versão Griffe equipada com transmissão automática de seis marchas acoplada ao motor 1.6 16V aspirado. Esse motor é aplicado pela marca francesa somente em mercados emergentes, caso do Brasil.
As linhas da carroceria são limpas, sem recortes e proporcionais. Peugeot 2008 tem pouco comprimento, que torna o veículo mais prático no uso urbano, e estilo parrudo. No interior, o tradicional cockpit da marca do leão com volante pequeno e quadro de instrumentos de visualização imediata acima dele. Esse cockpit é utilizado em todos os modelos da marca. E o importante indicador de temperatura do motor está lá juntamente com conta-giros, velocímetro e nível de combustível.
Acesso melhor aos bancos da frente. Para entrar no banco traseiro, é preciso abaixar para não bater a cabeça devido à caída do teto atrás. No centro do painel central, fica a tela de sete polegadas do sistema multimídia com Android Auto, Apple Car Play e espelhamento de navegação pelo smartphone. Porta-luvas de bom tamanho, mas sem iluminação. Bancos são forrados em couro nas extremidades e na parte posterior. No centro, que é a maior parte de contato do corpo, do assento e do encosto, a forração é em tecido. Solução prática, pois tecido permite transpirar.
Espaço interno é suficiente no banco traseiro para dois adultos e uma criança. Na frente, espaço justo também. Cintos de três pontos retráteis e apoios de cabeça para todos. Porta-malas tem iluminação e capacidade muito boa para as dimensões do carro. A tampa conta com pega interna nos dois lados, facilitando fechamento para destros e canhotos.
Acabamento bom e encaixes benfeitos. Não há material emborrachado, mas aparência convence. O que destoa são as pontas de parafusos aparentes na dobradiça central da porta que faz a ligação com a carroceria. Volante tem somente comandos de som e telefone, o que ajuda na ergonomia. Por outro lado, revestimento liso permite deslize acidental. As teclas pequenas dos modos S (esportivo) e Eco do câmbio no console central contrariam a ergonomia. Acesso é difícil, além de ser preciso desviar o olhar da via.
Altura elevada do solo e bons ângulos de ataque e saída permitem trafegar por caminhos ruins de terra e asfalto com imperfeições sem tocar a parte inferior. Não há controles eletrônicos de tração e estabilidade. Em carro desse preço não podem faltar. São itens importantes de segurança ativa (que evitam acidente), mas são seis airbags (itens de segurança passiva, que minimizam consequências de acidente).
Suspensão bem calibrada entre conforto e estabilidade com transferência tolerável das imperfeições para dentro. Pneus de perfil mais alto contribuem no conforto. Grande altura do solo faz carroceria inclinar em curvas. Direção agradável em manobras, firme em alta e com ponto central bem definido. Volante tem boa pega e coluna de direção regulável em altura e distância. Diâmetro de giro pequeno (10,4 metros) facilita manobrar em espaço reduzido.
É boa a posição de dirigir. Banco do motorista tem regulagem de altura e assento dá bom apoio às pernas. Retrovisores grandes garantem boa visibilidade.
Caixa de marchas automática com conversor de torque tem trocas perceptíveis sem a rapidez do automatizado de duas embreagens. No modo Drive (D), o câmbio, às vezes, demora um pouco a trocar a marcha. No modo Eco, as trocas são feitas em rotações mais baixas, privilegiando consumo; no modo S, em rotações mais altas. Por isso, pode ser usado também na descida como freio motor. Em descida, nem sempre ocorre redução. Trocas manuais por meio de movimento da alavanca de câmbio.
Desempenho não decepciona nem empolga. A tradicional tocada familiar. Incomoda o ruído elevado vindo do motor de arquitetura antiga quando se pressiona totalmente o acelerador, caso de ultrapassagem. Falta elasticidade ao motor.
Freios a disco em todas as rodas são eficientes. Limpadores/lavadores de vidros também. Facho baixo do farol, que deveria iluminar melhor, está no limite. Freio de estacionamento no formato de manche tem visual bonito, mas não é anatômico e requer força para soltar. Mulheres reclamam e com razão. Nada ergonômico.
Versão Griffe do Peugeot 2008 tem preço sugerido de R$ 89.900, incluindo de série o teto de vidro panorâmico fixo, seis airbags, controle automático de velocidade, sensores de chuva e de luminosidade, entre muitos outros de conforto e conveniência. A tela protetora do teto de vidro tem acionamento elétrico por meio de comando no console central. Tem-se um belo visual em noite estrelada, mas não isola totalmente o sol do meio-dia. Se o interior esquentar, resta acionar o ar-condicionado digital com regulagem de temperatura individual para motorista e passageiro. Garantia é de três anos.
Confira a galeria de fotos do Peugeot 2008 Griffe 1.6
Ficha técnica | Peugeot 2008 Griffe |
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Motor | quatro cilindros em linha, 1.587 cm³ de cilindrada, 16 válvulas, flex |
Potência | de 115 cv com gasolina e 118 com álcool, a 5.750 rpm |
Torque | 16,1 kgfm a 4.000 rpm (tanto com gasolina quanto com álcool) |
Transmissão | tração dianteira e câmbio automático de seis marchas |
Direção | tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica |
Diâmetro de giro | 10,4 metros |
Freios | disco ventilado na dianteira; disco sólido na traseira |
Suspensão | dianteira, independente, do tipo McPherson, barra estabilizadora; traseira, travessa deformável, barra estabilizadora |
Altura do solo | 20 centímetros |
Rodas/pneus | 7×16”de liga leve /205/60R16 |
Peso | 1.248 kg |
Carga útil (passageiros+ bagagem) | Não divulgado |
Dimensões (metros) | comprimento, 4,159; largura, 1,739; altura, 1,583; distância entre-eixos, 2,542 |
Capacidades | porta-malas, 402; tanque, 55; ângulos de ataque/saída (graus), 23/29 |
Desempenho | velocidade máxima, 186 km/h (álcool) 185 km/l (gasolina); aceleração até 100 km/h, 12,4 segundos (a)/ 12,7 s (g) |
Consumo (km/l) | urbano, 7,5 (álcool)/10 (gasolina); estrada, 9,2 (a)/ 13 (g) |
Fotos Alexandre Carneiro | AutoPapo
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Minha esposa tem um Allure 2017, 3 anos com ele e nenhum problema, acho econômico fazendo 10/l com álcool na estrada, o câmbio de 4 marchas nunca deu problema, achei e continuo achando um bom custo benefício, agora esse novo acho caro pelo que oferece, teto de vidro nem pensar, agora o modelo atual na Europa e que talvez venha para o Brasil no ano que vem, esse sim, dá de “10” em qualquer concorrente.
Só pode ser zueira!!!
A Peugeot fez uma involução no produto.É melhor comprar o Ford Ka 1.5 Titanium.
Minha esposa tem um 2008 Griffe THP Mod. 2017 motor Turbo muito forte e até mais econômico do que este 1.6 aspirado e que tem controle de estabilidade e tração , somente o cambio automático que faz falta , mas não trocaria por este retocado.