[Retrospectiva] Melhores e piores notícias de carros em 2019
O ano que se acaba foi marcado por vários acontecimentos, mas nem todos foram positivos: relembre o que ocorreu de bom e de ruim
O ano que se acaba foi marcado por vários acontecimentos, mas nem todos foram positivos: relembre o que ocorreu de bom e de ruim
O ano foi de passinhos de tartaruga. A recuperação econômica não veio no ritmo que se esperava, mas o setor automotivo já ensaiou uma boa retomada. O que trouxe, a reboque, lançamentos importantes de produtos e anúncios de investimento em tecnologia e produção. Contudo, também foi marcado por recalls assombrosos e apequenamento de marcas tradicionais. Veja a retrospectiva com 10 fatos extremos que pontuaram o ano que vai embora.
O ano começou com um lançamento bacana. Em fevereiro, a Volkswagen finalmente lançou um utilitário esportivo para brigar entre os compactos. Produzido em São José dos Pinhais (PR), chegou já com um conjunto de respeito.
Assista ao vídeo com a avaliação do Volkswagen T-Cross Highline!
A base é a consagrada plataforma modular MQB e todos os motores turbos são da renomada família TSI. Os 1.0 rendem até 128 cv e a versão topo de linha usa o 1.4 de até 150 cv. Depois de patinar boa parte do ano, ainda fechou o mês de novembro como o SUV compacto mais vendido do país, superando Honda HR-V, Nissan Kicks, Jeep Renegade e Hyundai Creta.
A celebração do centenário da Ford no país teve um tom melancólico. A tradicional marca americana, que abriu sua filial brasileira em 1919, enxugou drasticamente seu portfólio e fechou até fábrica. Em junho, a montadora encerrou as vendas das linhas Focus e Fiesta. Os médios (sedã e hatch) deixaram de ser produzidos na Argentina, enquanto a produção do Fiesta em São Bernardo do Campo (SP) foi finalizada.
A veterana unidade do ABC paulista, a propósito, fechou as portas. Uma das notícias mais tristes da retrospectiva 2019 foi causada pela estratégia global da Ford, que quer focar em SUVs e comerciais. Desta forma, no momento, o fabricante só produz a linha Ka e EcoSport no Brasil, enquanto importa Ranger da Argentina, além de Fusion (México) e Mustang (EUA).
O segundo semestre foi marcado por lançamentos importantes, entre eles do renomado líder do segmento de sedãs médios. A 12a geração do Toyota Corolla foi mostrada oficialmente no início de setembro com a pompa de ser o primeiro híbrido flex do mundo.
O conjunto é reservado às versões mais caras e combina dois motores elétricos de 72 cv e 16,6 kgfm de torque ao 1.8 flex a combustão, de ciclo Atkinson, com 101/98 cv e 14,5 kgfm de torque. Os modelos mais baratos usam o 2.0 flex de 177/169 cv. A plataforma é a moderna TNGA, a mesma do Prius.
A polêmica na bomba de combustível não ficou de fora da retrospectiva. Isso porque, em agosto, a Petrobras resolveu ressuscitar o etanol aditivado – algo que só a Shell mantinha até então.
A aplicação de detergentes no álcool é controversa e questionável. Afinal, o nível de carbono do combustível vegetal fica abaixo de 30%, ou seja: trata-se de um produto naturalmente limpo e de baixas emissões de gás carbônico. Na gasolina, os aditivos são necessários para aliviar as impurezas do produto de origem fóssil, cujo teor de carbono supera os 80%.
Além do Corolla, setembro também marcou a estreia das novas gerações dos dois modelos mais vendidos do país. A General Motors correu para apresentar o Onix Plus antes do HB20. O Chevrolet impressionou pelos preços competitivos – praticamente iguais à geração anterior, que sobrevive como Joy -, a lista de equipamentos de série – com ESP, seis airbags etc – e os inéditos motores turbo de até 116 cv.
Dias depois foi a vez da Hyundai mostrar a segunda geração do HB20, com nova plataforma, mais equipamentos e também propulsores turbinados modernos.
A chegada da nova geração do Onix Plus, contudo, foi bastante conturbada. Um mês após o lançamento do sedã, casos de incêndio começaram a ser mostrados nas redes sociais e botaram a qualidade do projeto em xeque.
Em novembro, a GM se viu obrigada a convocar recall para troca do software do motor, que seria a causa dos incêndios. Outros defeitos, porém, pipocaram e novos chamados foram feitos para o Onix Plus: tem até problema no quadro de instrumentos.
O polêmico DPVAT parecia que ia acabar, mas na última hora foi mantido. Em novembro, Medida Provisória (MP) do Governo Federal extinguiu o seguro obrigatório a partir de 1 de janeiro de 2020. Ou seja, ao pagar o licenciamento anual do carro, não seria mais cobrada a quantia pela cobertura compulsória.
A decisão colocaria fim também à Seguradora Líder, consórcio com quase 80 companhias que detém o monopólio para administrar a receita gerada pela apólice – e que se via envolto em denúncias de fraudes do DPVAT.
Porém, na antepenúltima semana do ano, o Supremo Tribunal federal (STF) derrubou a MP e manteve o seguro obrigatório. O tema ainda precisa ser debatido no plenário presidencial. O problema é que não há precisão de data para isso e, até lá, o DPVAT continuará valendo.
Em outubro a indústria automotiva global foi pega de surpresa: FCA (Fiat Chrysler Automóveis) e PSA Peugeot Citroën estariam negociando uma fusão. A especulação nem teve tempo de esfriar e se confirmou verídica dias depois, quando as duas gigantes automotivas anunciaram o acordo. Em dezembro, o negócio foi formalizado, com 50% de participação para cada parte.
A holding resultará no quarto maior grupo automotivo do mundo em vendas e no terceiro em termos de faturamento, além de reunir 14 marcas: do lado da ítalo-americana, Fiat, Alfa Romeo, Lancia, Maserati, Chrysler, Jeep, Dodge e RAM; do lado da francesa, Peugeot, Citroën, Opel, Vauxhall e DS. Ainda há as divisões Abarth, SRT e Mopar, da FCA.
Um dos recalls anunciados em 2019 envolveu troca de… motor. Isso mesmo. E não foi protagonizado por qualquer marca genérica, não. Quem entrou na retrospectiva após divulgar esse chamado, em dezembro, foi a BMW. O fabricante alemão de luxo convocou donos do Série 3 para verificar a necessidade de substituição do propulsor.
Segundo comunicado da montadora, os veículos podem apresentar desgaste prematuro da bronzina do eixo de balanceamento do motor. Em determinadas situações, isso pode causar perda da lubrificação e o travamento do conjunto.
Apesar do crescimento da economia e do setor ainda serem tímidos, os fabricantes prometem lançamentos e investimentos para os próximos anos no Brasil e no Mercosul. Para 2020, a PSA Peugeot Citroën já confirmou a produção da nova geração do 208 em El Palomar, na Argentina.
Já a Volkswagen alardeou o Nivus, seu novo SUV coupé, feito em cima da base do Polo para brigar com Ford EcoSport e Renault Duster no ano que vem. Além deles, o SUV Chevrolet Tracker ganha nova geração e passa a ser produzido em São Caetano do Sul (SP), a Fiat Strada receberá sua segunda geração e o novo Honda Fit deve dar as caras no Salão de São Paulo 2020.
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Aprendam uma coisa: parem de chamar fabricante de montadora!! A Ford , agora é uma montadora? demonstração de falta de conhecimento.