[Vídeo] Carros raros no Brazil Classics Renault Show
Boris Feldman percorre a exposição e destaca alguns dos carros mais singulares e curiosos presentes no evento de antigomobilismo
Boris Feldman percorre a exposição e destaca alguns dos carros mais singulares e curiosos presentes no evento de antigomobilismo
Dos dias 5 a 9 deste mês, Araxá (MG) recebeu a 23ª edição do Brazil Classics Renault Show. Trata-se do mais sofisticado evento de antigomobilismo do país, que bienalmente reúne preciosidades sobre rodas ao redor do Tauá Grande Hotel. Neste ano, foram cerca de 300 automóveis de todas as décadas dos séculos XX e XXI. Boris Feldman percorreu toda a exposição e destacou detalhes de alguns dos vários carros raros presentes no evento. Assista:
[TRANSCRIÇÃO]
Se falar que é carro velho, o dono acha ruim: é antigo! Nós estamos aqui em Araxá na 23ª edição do grande encontro nacional de automóveis antigos, patrocinado pela Renault. Tendo como marcas fortes Mercedes, tem mais de 20 exemplares aqui, e Ferrari, mais de 20 também. Inclusive duas Ferraris, que nós vamos mostrar, super exclusivas: uma F-40 e uma F-50. Vamos rodar aqui no pátio de Araxá?
Como é que você acha que um carro se movimenta? Com motor elétrico? Com gasolina? Com diesel? Com etanol? Este aqui é um Stanley Steamer. Sabe o que isso significa? É um carro que funciona com vapor! Bota fogo, esquenta a câmara, e o vapor é que vai fazer o motor funcionar e o carro andar. Não precisa dizer: é um exemplar único no Brasil e um dos carros raros desse tipo que sobreviveram desde 1910 no mundo.
Cristal Lalic: era feito na França e só ficava no alto da grade dos mais requintados e sofisticados automóveis no mundo. Não é à toa que nós estamos na frente de dois Isottas Fraschini, que eram modelos italianos de fazer cair o queixo. Nem é preciso dizer que esses dois são carros raros, raríssimos! No Brasil há quatro: um está em restauração. Dos outros três, dois estão aqui em Araxá.
O modelo mais icônico da história do automobilismo mundial é o Mercedes “asa de gaivota”. “Asa de gaivota ” porque as portas de abrem para cima. Há dois modelos aqui: essa vermelha e mais essa verde; você pode estranhar a cor, mas era original. Para compor o conjunto, reparem lá atrás: o mesmo modelo na versão Roadster, conversível. Todos são Mercedes 300 SL.
Esses dois automóveis não têm nada um a ver com o outro, mas ambos foram muito importantes na vida do Emerson Fittipaldi. Esse BMW de 3,0 litros de 1974 era o carro de uso do Emerson. Aquele Renault R8 proporcionou a primeira vitória ao Emerson nas pistas, quando ele correu na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro.
Já esse daqui é da década de 1920, um Renault Torpedo. Está estranhando ele não ter a grade para o radiador? Será que ele não tinha, era refrigerado a ar? Negativo, o radiador fica atrás do motor. Veja aquelas aletinhas laterais que encaminham o ar para o radiador.
Este Voiturette é um dos primeiros automóveis produzidos pela Renault, que está comemorando, agora, 120 anos de existência. A Renault montou fábrica no Brasil em 1999, mas, antes, já existiam no país carros da marca, produzidos pela Willys. O Interlagos era o modelo esportivo. E aqui nós temos os Gordinis, que eram também Renaults produzidos pela Willys no Brasil.
Ferrari dispensa comentários. Aqui, em Araxá, são 30 exemplares dessa marca italiana famosa. Mas tem uma coisa: uma F-40 e uma F-50, juntas, são carros raros de se ver em qualquer exposição. E não é só no Brasil, não: no mundo. Esta comemorou os 40 anos da fábrica; aquela, comemorou os 50 anos. Não precisa nem falar: são modelos únicos no país.
Este é o carro mais antigo da exposição: um americano, o Schacht, 1902. Está aqui inclusive para mostrar essas rodas altas, que os americanos chamavam de high wheels. Por que? Na ápoca não tinha asfalto; era ou barro, ou neve. Essa roda dessa altura facilitava o carro a andar por esses trechos complicados.
Fotos: Alexandre Carneiro | AutoPapo
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