Saiba como usar a cadeirinha para automóvel de maneira correta
Associações médicas desenvolveram um guia completo para ajudar pais e responsáveis a proteger as crianças no trânsito
Associações médicas desenvolveram um guia completo para ajudar pais e responsáveis a proteger as crianças no trânsito
Para ajudar pais e responsáveis a colocar crianças nas cadeirinhas para automóveis da maneira mais segura possível, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançaram uma cartilha.
No documento, que preza pela saúde dos bebês, os profissionais reafirmam que as crianças devem ser transportadas nas cadeirinhas para automóveis.
“Esses equipamentos foram projetados para dar mais segurança aos usuários em casos de colisão ou de desaceleração repentina. Conforme mostram os números, eles têm sido fundamentais para salvar milhares de vidas ao longo dos anos”, defendeu o primeiro vice-presidente do CFM, Mauro Ribeiro.
No Brasil, a primeira causa morte de crianças entre cinco e 14 anos são os ferimentos provocados por acidentes de trânsito.
Confira as orientações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o uso correto dos dispositivos de retenção infantil.
Crianças transportadas no banco traseiro do veículo têm risco absoluto menor de sofrer ferimentos ou morte em comparação àquelas transportadas no banco dianteiro.
O local mais seguro para os menores é o centro do banco traseiro. No caso de um acidente de trânsito, os pequenos sentados no centro do banco traseiro têm até 24% menos risco de morte que aquelas transportadas nas posições laterais.
Mas há uma ressalva: a cadeirinha para automóvel só deve ser colocada no centro do banco traseiro se o assento for equipado com cinto de segurança de três pontos.
No Brasil, somente nas situações especiais citadas abaixo é permitido o transporte de menores de 10 anos no banco da frente do veículo:
Apesar de ser possível, o motorista que deseja instalar a cadeirinha para automóvel no banco da frente deve desligar o airbag frontal para passageiro.
Isso porque a abertura da bolsa inflável deste dispositivo pode causar ferimentos graves em crianças sentadas no banco da frente do veículo.
Não basta saber instalar o dispositivo, é preciso escolher o tamanho correto e uma marca de qualidade também.
Para tanto, deve-se prestar atenção no grupo de massa ao qual a criança pertence. A cadeirinha para automóvel não deve ser nem grande nem justa demais a ponto de propiciar folgas ou apertos indesejados.
Outro ponto a ser observado: a classificação segundo o grupo de massa deve estar estampada junto com a certificação de que o equipamento obteve aprovação nos testes exigidos pelas normas técnicas de fabricação e segurança (selo de conformidade e órgão certificador).
Enquanto a criança não conseguir se sentar e manter o equilíbrio da cabeça, deve ser usado assento tipo concha, instalado com leve inclinação no sentido inverso ao da posição normal do banco do veículo. Isso evita que a cabeça da criança seja submetida a impactos em caso de freadas e colisões, diminuindo o risco de traumas da coluna cervical.
Maior que o bebê conforto, com suporte para a cabeça mais alto, o assento conversível poderá ser posicionado semirreclinado, acomodando crianças de peso maior,até 13 kg, que ainda não completaram 1 ano.
A cadeirinha para automóvel é utilizada a partir de 1 ano de idade, momento em que a criança já possui pleno controle do pescoço e da cabeça, até os 4 anos de idade (aproximadamente 18 kg). Nesta fase, a cadeirinha deve ser instalada na posição vertical, voltada para o painel do veículo, mantida na posição central do banco traseiro.
A aceleração da cabeça e a carga de tração do pescoço são reduzidas nos impactos frontais quando acriança se encontra contida neste dispositivo de segurança. Caso o veículo não possua cinto de três pontos na posição central do banco traseiro, a cadeirinha deverá ser instalada nas posições do banco de trás onde houver esse aparato.
Também conhecido como booster, o assento de elevação é indicado nas situações em que a cadeirinha se tornou pequena devido ao crescimento da criança.
O booster é especialmente projetado para se ajustar ao banco traseiro do automóvel, elevando a criança a uma altura tal que permita que o cinto de segurança fique corretamente posicionado, sendo que o ideal é o modelo de três pontos.
O uso do assento de elevação é aconselhado até acriança atingir 36 kg, 145 cm de altura. O cinto de segurança do veículo dos automóveis foi projetado para adultos. Enquanto a criança não puder se adequar a ele, um assento de segurança deverá ser utilizado.
A instalação deve ser feita sobre os bancos, retendo os dispositivos com os cintos de segurança originais do veículo. As cadeirinhas para crianças são projetados para reduzir os riscos em caso de colisão ou desaceleração repentina do veículo, limitando o deslocamento do corpo da criança.
Os dispositivos são compostos de tiras dotadas de fecho de travamento, dispositivos de ajuste, partes para fixação e, em certos casos, itens como berço portátil, porta-bebê, cadeirinha auxiliar e/ ou proteção anti-choque, que devem ser fixados ao veículo.
Os assentos infantis instalados voltados para a traseira do veículo são os que apresentam o maior índice de instalação incorreta, por serem os de acomodação mais complexa.
Nos últimos anos, têm sido desenvolvidos sistemas para instalar os dispositivos de retenção em veículos previamente equipados, sem necessidade de se utilizar o cinto de segurança do automóvel, mas simplesmente “encaixando” o assento no banco traseiro, tornando a instalação mais simples. Esses sistemas estão sendo disponibilizados em novos modelos de automóveis.
A Resolução nº 518, de 29 de janeiro de 2015, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), estabelece que, a partir de 2018, todo novo projeto de automóvel, camioneta e utilitário deverá possuir ao menos uma ancoragem inferior.
Em 2020, a regra passará a valer para todos os modelos comercializados no Brasil. O Isofix facilita consideravelmente a tarefa de instalar os dispositivos de retenção,aumentando a eficiência do sistema. Há maior estabilidade em caso de impacto lateral e rigidez da fixação entre o dispositivo de retenção e chassis.
No transporte veicular de crianças, as falhas mais frequentes se referem àquelas transportadas no banco da frente e ou ao uso inapropriado dos dispositivos de segurança (por exemplo, crianças com idade inferior a um ano colocadas em cadeirinhas instaladas de frente para o painel do veículo).
O problema mais recorrente é o das crianças transportadas utilizando apenas o cinto de segurança do veículo, sem que tenham atingido altura suficiente para utilizá-lo.
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Tenho a cadera sem cinto de segurança e meu carro tem apenas cinto traseiro de 2 pontas poßso usar assim ou tenho que comprar uma cadeira com cinto