Não é só no dia 1º de abril: conheça 10 grandes mentiras sobre carros
Listão enumera 10 mitos sobre automóveis que se tornaram verdades absolutas no imaginário popular e nas redes sociais
Listão enumera 10 mitos sobre automóveis que se tornaram verdades absolutas no imaginário popular e nas redes sociais
Um dos ditos mais populares afirma que uma mentira contada muitas vezes vira verdade. E em tempos em que sua tia do whatsapp publica “notícias” em maior volume por dia que a Associated Press, não é difícil se deparar com alguns mitos automotivos.
VEJA TAMBÉM:
Como 1º de abril é Dia da Mentira, não existe data melhor para derrubar essas fake news que envolvem os nossos veículos. São desde dicas de manutenção erradas, a sugestões equivocadas para economizar. Veja as grandes mentiras sobre carros.
Chega julho ou dezembro e tem sempre aquela turma que vai fazer a famosa revisão de férias. Mas isso não existe, ou melhor, não deveria existir. O certo é que o automóvel passe por manutenções preventivas, com intervalos regulares, seguindo o plano de manutenção, e não somente quando o dono do carro vai viajar.
Então, o proprietário que faz a revisão preventiva a cada 10 mil km (ou menos) vai precisar, no máximo, fazer aquela vistoria (ele próprio) antes de pegar a estrada. Quem só executa manutenção antes das férias corre o risco de ter de fazer reparos emergenciais e corretivos, e acaba com uma conta mais cara para pagar.
Essa é clássica. Você para no posto, na oficina, na loja de óleo e logo te oferecem um aditivo. Só que os óleos já vêm com um pacote de aditivos formulado pelo fabricante, suficiente para manter a boa e correta lubrificação do motor. E tais aditivos existem nos minerais, semi-sintéticos e sintéticos.
Chega a ser uma mentira? Não. Mas o aditivo oferecido tem de ser não só o recomendado para o tipo de lubrificante que está no seu carro, como também atender as especificações do fabricante. O produto “extra” pode não “conversar” com os originais e ocorrer uma reação química prejudicial ao motor. A chance de errar e de jogar dinheiro fora é grande.
Uma das grandes mentiras sobre carros ainda é a de descer ladeiras e serras em ponto morto para poupar combustível. Nos carros com injeção eletrônica, o que ocorre é o inverso. Na banguela, o carro vai consumir mais gasolina, etanol ou diesel, pois, ao desengatar a transmissão, o motor será acionado e começará a injetar combustível na câmara de combustão.
Já quando o carro está engrenado e na descida, o sistema automaticamente corta a injeção. Isso porque a central entende que o movimento das rodas por si só é capaz de fazer o motor funcionar e o veículo rodar. E não esqueça que, na banguela, o carro não está tracionado, o que compromete a estabilidade, e a prática ainda acentua o desgaste de discos e pastilhas de freios.
Você já leu milhares de vezes que no Brasil as capacidades dos porta-malas são medidas em litros. E muitas vezes, na prática, um bagageiro que tem maior volume declarado recebe menos bagagens do que outro, que na “litragem” é menor. Isso porque nem todos os fabricantes seguem o padrão chamado VDA.
Nesta metodologia o porta-malas recebe blocos padronizados de isopor ou de madeira. Com o porta-malas cheio, pega-se a quantidade dessas peças e se obtém o volume do espaço em litros. Para estes carros, a capacidade vem acompanhada da sigla VDA.
Só que outras montadoras são malandras. Usam a técnica de encher o porta-malas com sacos de água para fazer a aferição. Obviamente, maleáveis, esses sacos ocupam todos os cantos do bagageiro – inclusive naqueles onde nem sua mochila vai entrar…
Fique de olho também nas capacidades informadas em hatches, SUVs, monovolumes e station-wagons (as que ainda existem). Isso porque muitas marcas consideram as bagagens até o teto, e outras não. Inclusive, o Código de Trânsito Brasileiro é confuso sobre se pode ou não a bagagem, nesses modelos, ultrapassar a altura do banco de trás . Melhor evitar obstruir sua visibilidade traseira.
Essa nasceu no início das motorizações flex e se tornou uma das muitas mentiras sobre carros. Em alguns modelos, recomendava-se um revezamento entre etanol e gasolina para não ocorrerem problemas no conjunto. E, hoje, você ainda ouve gente propagando “no zap” que deve-se abastecer com um tanque de álcool a cada três de combustível fóssil.
Não se dê a esse trabalho. Isso foi um mito que nasceu no início dos anos 2000, com os primeiros carros flex, porque o etanol combustível teria mais água em sua composição. Então, alternar abastecimentos com a gasolina deixaria a “queima melhor”.
Os engenheiros garantem que isso é lenda. Os motores flexíveis são projetados para reconhecerem qualquer dos dois combustíveis e em qualquer proporção. Isso porque a sonda lambda, posicionada no escapamento, reconhece em frações de segundos a mistura e imediatamente informa a central eletrônica para que ajuste o motor.
Quem teve carro das antigas, com o bom e velho carburador, talvez se lembre dessa. Estacionou o veículo, era hora de dar aquela acelerada antes de desligar o motor na chave. Ou no momento de ligar: dá aquela pisada mais forte no pedal da direita.
Dizia-se que essas práticas de acelerar ao ligar ou desligar o motor ajudavam a lubrificar o conjunto mecânico. No caso da hora de parar, ainda existia o mito de que ficaria mais fácil de o carro pegar depois…
Nos motores mais modernos você só vai gastar mais combustível e sacrificar o sistema. Segundo os engenheiros, ao acelerar antes de desativar o motor injeta-se uma gasolina no sistema que não será queimada e que vai contaminar boa parte do óleo. E acelerar depois de ligar pode gerar atrito nos componentes metálicos, porque não se dá o tempo mínimo para o lubrificante atingir todas as partes do motor.
Uma das maiores mentiras sobre carros pode custar vidas. Isso mesmo. Os airbags foram projetados para funcionar levando em consideração que os ocupantes estejam com o cinto de segurança afivelado. Tanto que em seu próprio nome técnico é chamado de Sistema Suplementar de Retenção – SSR (grifo nosso).
Apesar de em uma desaceleração forte a bolsa ser disparada em menos de 30 milésimos de segundo, é necessário que o passageiro esteja com o corpo “seguro”. Por exemplo, sem o cinto e em uma batida frontal, o corpo do motorista acabará se deslocando um pouco para a frente, enquanto o airbag inflado o jogará imediatamente contra o encosto do banco. Ou seja: o airbag acionado sem o uso do item de retenção pode causar mais ferimentos ao passageiro.
Retirar a peça para ganhar potência é uma das grandes balelas automotivas. Isso porque os proprietários acham (e alguns mecânicos também) que o catalisador limita o fluxo de gases, o que compromete o desempenho do motor. Uma inverdade, pois o catalisador não é um retentor, mas sim um equipamento que reduz a nocividade dos gases por uma reação química em seus componentes internos.
Retirar o catalisador só vai fazer o seu carro poluir ainda mais o meio ambiente e, eventualmente, consumir mais combustível. Além de poder render multa e apreensão – o uso da peça é obrigatório – ou restrições em estados onde a inspeção de emissões é obrigatória.
A ascensão dos utilitários esportivos deu-se muito nessa mentira sobre carros. Para os motoristas, a posição de dirigir mais alta e o porte mais robusto reforçam a percepção de segurança. Contudo, isso não significa que em um acidente um SUV será menos afetado ou não.
Até porque os SUVs têm o centro de gravidade geralmente mais elevado que sedãs e hatches. Desta forma, em uma curva, a carroceria tende a oscilar e torcer bem mais. Desta forma, dependem até mais dos dispositivos eletrônicos para não capotarem. Além disso, aerodinamicamente também levam desvantagem, devido ao formato mais “caixotinho” (em geral), que sofre mais resistência do ar no rodar.
Esse item traz uma série de mitos capazes de fazer a Cabra Cabriola, o Saci Pererê e o Curupira caírem na risada. Com o uso mais ostensivo do bafômetro no combate a motoristas irresponsáveis alcoolizados, surgiram uma série de dicas – muitas toscas – para tentar driblar o equipamento.
Comer cebola, chupar bala Halls preta, beber vinagre, ficar com gelo e refrigerante na boca e até carvão ativado estão entre as mentiras disseminadas nas redes. Se você quiser sofrer com alguma das práticas, fique à vontade, mas de nada vai adiantar.
De forma bem resumida, o bafômetro faz a análise do ar exalado pelos pulmões. Isso porque quando um indivíduo ingere bebida, o álcool deixa pequenas quantidades nas membranas dos alvéolos dos nossos órgãos respiratórios. Ou seja, o equipamento mede a concentração de álcool por litro de “ar alveolar”. Por isso que você tem de soprar o bafômetro.
Essa é uma das grandes mentiras sobre carros nas quais você não deve acreditar jamais. Isso porque a vida útil dos amortecedores depende muito das condições de uso e das vias pelas quais o carro passa com frequência. Então, essa premissa de que a peça dura de 35 mil a 40 mil km é lenda.
Para quem trafega muito por estradas de terra ou vias com buracos onde dá para ver o magma terrestre, as trocas devem ser feitas em intervalos curtos – a cada 10 mil km em alguns casos. Agora, se o veículo só trafega por tapetes ou estradas, a substituição pode ser necessária só após os 100 mil km.
Ou seja, não há uma regra. O ideal é verificar o conjunto da suspensão a cada 10 mil km em manutenções preventivas. Também vale fazer a verificação se o motorista perceber que o carro está quicando demais ou dando fim de curso em buracos ou ao sair de quebra molas, e mesmo oscilando além do normal em curvas.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Maior placebo estes redutores de atrito como aditivo para óleo, prometem ganho de potência, economia, e blá blá blá. É tão bom que nem a F1 usa…
A gasolina aditivada tb tem seus problemas, pois ela deixa resíduos, principalmente corantes nos injetores e nas velas, basta observar que algumas velas ficam avermelhadas. Alguns fabricantes de motos pedem que seja utilizada apenas gasolina comum em algumas motos. ou seja, bota qualquer coisa, estamos lascados mesmo!
E no caso de etanol batizado? Se batiza etanol com água e então ele aumenta a sua corrosividade que estraga todos os componentes do sistema de alimentação. Tem casos no Youtube que mostra limpeza de bicos de carros que só usavam etanol e de velas colarem no cabeçote tendo que fazer nova rosca do cabeçote em retíficas. A culpa na minha opinião é do etanol batizado, pois os carros são preparados para a corrosividade do etanol de qualidade e não para o destrutivo etanol batizado com água.
Eu mesmo só uso gasolina aditivada DT Clean Ipiranga no meu posto de confiança desde 2018.
Assim como existe etanol batizado, também existe gasolina batizada. Se o posto é de confiança, creio que você não terá problema se abastecer com álcool. Ou a confiança é somente na “etiqueta” da gasolina? rsrs
Alessandro,
Eu prefiro a gasolina aditivada ao invés de etanol, ambos de qualidade) pelos seguintes motivos:
1. a gasolina oferece maior autonomia que o etanol;
2. o motor aquece mais rápido usando gasolina do que etanol, logo desgasta menos pois é comprovado que a fase de aquecimento e a mais danosa para o motor no quesito desgaste;
3. a gasolina possui maior lubricidade que o etanol, logo desgasta menos o motor;
4. a gasolina aditivada DT Clean tem aditivo que reduz o atrito no motor, logo diminui o desgaste e diminui o consumo de combustível;
A única vantagem que vejo em usar etanol é o ganho de potência, mas sou tiozão e respeito os limites de velocidade.
Alessandro,
Em complemento ao que eu te respondi, a gasolina se batiza sim, infelizmente! Sei bem dos seus danos e por isso abasteço no posto que me oferece gasolina de qualidade. O posto que eu abasteço é um dos mais caros da região. Eu sempre desconfio de combustível barato, pois pra mim é sinal de batismo ou roubo na quantidade. Eu atesto a qualidade da gasolina com proveta de teste de 100 ml e com a roçadeira Stihl FS85 que tenho, pois se a gasolina for ruim a roçadeira engasga e morre, pois perde a marcha-lenta.
A gasolina aditivada tb tem seus problemas, pois ela deixa resíduos, principalmente corantes nos injetores e nas velas, basta observar que algumas velas ficam avermelhadas. Alguns fabricantes de motos pedem que seja utilizada apenas gasolina comum em algumas motos. ou seja, bota qualquer coisa, estamos lascados mesmo!
Carlos,
Uso somente gasolina aditivada desde 2010, sendo que já rodei uns 55.000 km neste período, e nunca as velas dos meus dois carros ficaram com coloração avermelhada. Elas ficavam incrivelmente limpas e eu fazia a inspeção das velas a cada 10.000 km. Eu usei as marcas Shell e Ipiranga apenas.
Carlos,
Em complemento ao que te respondi, meu carros que citei pra você são:
1. Gol 1.8AP ano 1990 – carburador Brosol 2E – gasolina. Ele foi vendido em 2019 aos 242.000 km;
2. Onix 1.4-L ano 2019.
Concordo que com a gasolina você tem uma autonomia melhor… mas cada um tem suas vantagens. Também existe etanol aditivado. E o etanol não deixa depósitos carboníferos no sistema do carro, além de ser mais “limpo” que a gasolina.
O que mais levo em consideração é o menor custo por quilômetro rodado. Já constatei que, pelo menos para o meu veículo, a regra dos 70% realmente funciona.
Abraço
Alessandro,
Etanol aditivado eu não encontrei no posto que sou freguês, então usei um aditivo de frasco “flex” quando usei etanol por uns 2 tanques. Fiz as contas e saia muito caro usar esse aditivo a cada tanque etanol, sendo que na época (ano de 2020) ficava mais vantajoso a gasolina aditivada.
Se pra você está mais em conta o etanol, então continue usando o etanol.
Abraços,
A dica 1 está certa em partes ao meu ver.
No meu carro sigo rigorosamente as datas das preventivas, mas como meu seguro faz check-up gratuito, com regulagem de farol e tudo mais, sempre que vou viajar acabo fazendo por garantia. Melhor pecar pelo excesso do que pela omissão rsrs
Em relação ao item 5, “Revezamento flex”, tem que conversar com algumas montadoras, como a Toyota, por exemplo.
No manual do Yaris, tem a seguinte orientação:
“Complete o tanque de combustível com gasolina a cada 10000 km. A negligência em seguir as orientações poderá causar a deterioração do desempenho do motor, da dirigibilidade ou do desempenho de emissões, além de outras falhas”.
Os engenheiros da Toyota estão errados??
Eu sempre coloco álcool ou gasolina em qualquer proporção, mas esse tipo de orientação em um manual é a primeira que encontro.
Mitos, quem acredita neles?
Pois bem, rodei 160 mil quilômetros com o penúltimo carro que tive e 140 mil quilômetros com o último e sempre abastecidos exclusivamente com gasolina.
Álcool, só o motorista ao chegar em casa, é óbvio.
⚠️
Nem compensa ter carro…
Ter um carro custa muito caro dá trabalho preocupação e até estresse: combustível caro, IPVA caro, seguro caro, manutenção cara, financiamento caro, tem a depreciação do carro, gastos com estacionamento, trânsito estressante, multas, licenciamento, seguro obrigatório, pedágio, medo de assaltos, trabalho pra lavar, secar, limpar, passar aspirador, encerar, polir, calibrar os pneus toda semana. Preocupação com a manutenção, com a forma de dirigir para economizar combustível, medo de ser enganado pelo mecânico, o estresse com os motoristas barbeiros e com os motoqueiros que buzinam e xingam por qualquer coisa… Ufa! Kkk. Melhor não ter carro. Viajar só de Uber é bem melhor mais econômico e sem neura. É outra vida.
O prazer em dirigir um carro bem regulado, vale tudo o que disseste e mais um pouco.
Te liga cara!