Bateria de carro: arriou, acendeu a luz, como escolher – saiba tudo!
Reunimos tudo que você precisa saber sobre a bateria do seu carro em um só lugar: como escolher, quando trocar, vida útil, como cuidar, e mais!
Reunimos tudo que você precisa saber sobre a bateria do seu carro em um só lugar: como escolher, quando trocar, vida útil, como cuidar, e mais!
A bateria de carro é um componente fundamental para seu funcionamento – e também costuma ser a responsável por te deixar a pé de manhã.
Pensando nisso, fizemos um guia completo que ensina quais tipos de defeito ela pode ter ou causar, o que quer dizer quando sua luz acende no painel, quanto tempo ela dura, quando trocá-la, e mais!
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Quando a luz da bateria fica acesa no painel do carro, é indicação de um problema elétrico. Ou seja, o defeito pode ser na bateria ou em outro componente do sistema.
Uma possibilidade pode ser que ela não está sendo recarregada e vai deixar de funcionar em pouco tempo. Se isso acontecer, da próxima vez que precisar ligar o carro, ele provavelmente não vai pegar.
O problema pode ser no alternador, que não está carregando a bateria como deveria. Pode ser também que a correia que conecta o alternador ao motor tenha se rompido. Por fim, o defeito também pode ser na própria luz do painel, que permanece acesa devido a uma falha.
Se a bateria do seu carro está sempre descarregando, existem diferentes razões possíveis:
A seguir, ensinamos como identificar cada um desses casos.
Quando o carro não quer ligar, é possível que o defeito não seja na bateria, mas em outro componente. Nesse caso, alguns sinais podem indicar se ela é mesmo a razão do mau funcionamento.
Sintomas de uma bateria de carro arriada:
Entenda melhor por quê esses sinais ajudam a identificar o problema. Apesar de comprovarem que a bateria está sem carga, também é preciso saber por quê isso está acontecendo.
Problemas no motor que podem levar a bateria descarregando:
Entre as razões para a bateria do carro acabar, também está o motorista. Hábitos no uso do veículo e acessórios podem levar ao seu mau funcionamento. Confira alguns desses erros:
Se o componente já estiver com a vida curta, as chances são maiores de que ele venha a pifar em dias mais frios.
A razão é que temperaturas baixas atrapalham o funcionamento de todo o motor: a vaporização do combustível é mais difícil, e o óleo fica mais “grosso” (mais viscoso), levando a um aumento no atrito entre as partes e no “esforço” que o motor precisa fazer.
Além disso, para gerar energia elétrica, a bateria de carro depende de uma reação química, e ela também fica mais difícil de ocorrer quanto mais frio estiver.
Quando a bateria está arriada, ao invés de substituí-la, é possível fazer sua recarga. Lojas elétricas oferecem esse serviço, e ele pode ser considerado como uma solução ligeira para não ficar a pé.
Também é possível fazer a carga rápida, mas isso exige cuidado. Ela só deve ser executada com o auxílio de um termômetro. Se a bateria se aquecer acima dos 50º, terá sua durabilidade reduzida.
Via de regra, só se troca bateria de carro quando ela deixa de funcionar corretamente. Se ela está fazendo o trabalho dela normalmente, e não está falhando nunca, é porque está em boas condições.
Caso a bateria do carro comece a falhar, cheque a data de fabricação, que está impressa na parte superior dela. Em média, sua vida útil é de 2 a 3 anos após a fabricação.
Contudo, ela pode facilmente durar 4 ou 5 anos sem nenhum defeito, e você pode continuar com ela. Apenas se estiver acima disso pode ser uma boa ideia considerar a substituição.
A durabilidade da bateria vai ser maior se o motorista cuidar bem dela e se não houver muitos equipamentos extras instalados no carro. Nós damos mais dicas de como preservá-la abaixo.
Assim como o óleo lubrificante, a bateria não é a mesma para todos os carros – cada modelo precisa de uma diferente. Para saber qual tipo de bateria o seu veículo usa, consulte o manual do proprietário.
Se isso não for respeitado, até mesmo o computador de bordo e a injeção eletrônica podem deixar de funcionar corretamente.
No manual, estarão indicadas as seguintes características:
Para trocar a bateria, escolha uma que tenha todas as características recomendadas.
Por fim, todas as baterias de carro vendidas no Brasil desde 2014 devem, obrigatoriamente, ter o selo de aprovação do Inmetro. Se não tiver, não compre.
A bateria de carro do tipo EFB ou AGM é feita para carros que contam com sistema Start Stop. Esse recurso desliga o motor em paradas de semáforo, por exemplo, para poupar energia.
Mas, para isso, precisa de uma bateria mais robusta, que aguente ser acionada várias vezes ao dia. A AGM é ainda mais sofisticada que a bateria EFB, e ambas serão mais caras que o modelo comum, o SLI (ou TFS).
Mesmo assim, se o seu carro tem Start Stop, não dá para escapar: compre a bateria indicada no manual, mesmo se for mais cara.
Se você usar um modelo errado de bateria de carro, com amperagem maior ou menor que a recomendada, haverão problemas. O componente terá sua vida útil reduzida e pode deixar de operar antes da hora.
Se a amperagem for superior ao indicado, haverá sobrecarga, podendo levar a sulfatação das placas da bateria ou descargas elétricas.
Se ela for inferior, haverá baixo nível de carga e alguns componentes do carro podem deixar de funcionar.
Mesmo se forem instalados mais acessórios, é preciso cuidado ao aumentar a amperagem da bateria do carro. A razão é que a energia elétrica do veículo é cuidadosamente balanceada em seu projeto, e não dá para garantir que continuará equilibrada.
Como explicamos acima, a melhor bateria de carro é a indicada pelo manual do próprio. Ela deve ser adequada ao modelo do veículo, possuindo todas as características recomendadas no manual. Além do mais, deve ter o selo do Inmetro.
Respeitando isso, o motorista pode escolher uma bateria de carro que tenha um prazo de garantia maior. Ele pode chegar a até dois anos, e é um bom indicativo da durabilidade do modelo da bateria.
Confira algumas dicas para a bateria desfrutar de toda a sua vida útil:
Não é indicado desconectar bateria de carro quando ele for desligado. Atualmente, os veículos têm muitos componentes eletrônicos que precisam dela para permanecer em funcionamento.
Ao desligá-la, é possível que a memória da central eletrônica, por exemplo, seja desconfigurada.
O zinabre ou azinhavre é uma substância azulada que pode se acumular em volta dos polos na bateria de carro. Quando surge, ele atrapalha ou até impede o funcionamento do componente, e o carro não pega.
Para remover o zinabre, uma opção é usar Coca-Cola. O refrigerante tem acidez suficiente para limpar os terminais da bateria. Outra opção é fazer uma solução de 200 ml de água com uma colher de sopa de bicarbonato de sódio.
Passe essas substâncias apenas onde estiver o zinabre e espere algum tempo. Uma espuma esverdeada vai aparecer, sinal de que a oxidação está sendo dissolvida.
Então, passe bastante água para remover os resíduos.
A chupeta é uma forma de ligar o motor com a bateria arriada. Ela é feita com o auxílio de outro veículo.
Para tanto, são necessários dois cabos grossos que aguentem a corrente elétrica. Cabos específicos para isso existem, e eles têm garras nas duas pontas que se conectam aos polos das baterias.
Para fazer uma chupeta:
Antigamente, a mecânica dos veículos era mais simples. Assim, quando acabava uma bateria e o motor não queria mais ligar, havia uma solução que todo mundo conhecia.
Era fazer o carro pegar no tranco.
Para isso, empurra-se o veículo ou deixa-o descer uma ladeira, desengrenado e com o freio de mão desengatado, até pegar um pouco de velocidade. Nessa altura, engata-se a segunda marcha e, magicamente, ele volta à vida.
Contudo, fazer o carro pegar no tranco não é mais recomendado.
A razão é que para um motorista leigo, será difícil identificar o problema por trás de um veículo que não liga. Pode ser a bateria de carro, mas pode também ser outros componentes mecânicos ou elétricos.
Assim, forçando o carro a pegar no tranco sendo que ele tem um defeito pode agravar a situação. Na pior das hipóteses, a correia dentada pode sair do lugar e até danificar o motor
Também é possível que o combustível não seja queimado, mas entre nos cilindros, e de lá saia para o escapamento e estrague o catalisador.
Por isso, não se recomenda mais fazer o carro pegar no tranco.
A bateria de carro funciona como um armazém de energia elétrica. Imagine que, antigamente, para ligar um carro, era preciso girar uma manivela. Essa força braçal era o que fazia o motor começar a funcionar.
Hoje, basta girar a chave na ignição, mas é preciso tirar a energia para “empurrar” o motor de algum lugar. Ela vem da bateria.
Depois que já está funcionado, o próprio motor trata de recarregar a bateria de carro. Isso é feito através do alternador. Então, ela terá energia para a próxima partida, e também para alimentar os componente elétricos e eletrônicos do veículo.
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Riquíssimas informações. Ótimas dicas. Parabéns. Minha bateria já faz 3 anos e está ótima. Mas é bom sempre ficar atento. Muito obrigado.
Bom dia.
Matéria boa, porém discordo quanto ao fato de escolher a bateria conforme o tempo de garantia. Isso nem sempre quer dizer durabilidade. 90% dos casos de solicitação de garantia em baterias de 1° linha, são improcedentes, ou seja, o problema não é a bateria. De preferência por baterias homologadas em montadora.
Muito obrigado pela ajuda de vocês.
Por precaução, para não dar falta a minha bateria, vou contiar ligando o meu carro a cada 2 dias por uns 15 minutos, pois não quero arriscar quebrar contrato da seguradora do meu carro. Pois alarme é uma chupim de corrente da bateria (corrente de fuga).
Grato,
*leia-se: “…vou continuar ligandoo meu carro a cada 2 dias por uns 15 minutos…”
Trabalho com adm de veiculos e por isso esou sempre ligado nas dicas, valeu!!!